segunda-feira, 31 de janeiro de 2005
sem ressentimento
Mas o caso deve ser mesmo grave, dado o Aviz ter falado de futebol numa ocasião como esta. Atípico, muito atípico.
o telegrama (ficção)
Reinaldo não tardou a descodificar a mensagem:
Bitor,Esta Noite Foi Impossíbel Comprar Árbitros
Pinto da Costa
domingo, 30 de janeiro de 2005
porque será
sábado, 29 de janeiro de 2005
tolerar e aceitar
Gostaria de poder explicar, a quem o lê, que os dias de hoje são, cada vez mais, dias de mudança, de decisões. Daí a minha natural tendência para aflorar a coisa política de modo assumidamente parcial. Eu sou comunista e, enquanto tal, vejo no PCP a única via para a transformação do nosso país. E transformar, neste caso, só pode ser sinónimo de melhorar.
Nesse sentido, apelo a quem me lê que compreenda o facto de eu tentar dar voz a esta mensagem. Estamos a viver um tempo de complexos. Um tempo em que o acessório emerge, inegavelmente, sobre o essencial. Qualquer um de nós tem o direito de optar. Eu optei por defender o impossível, de acreditar que é possível transmitir, comunicar. Peço-vos tolerância. Aceito a vossa distância.
sexta-feira, 28 de janeiro de 2005
Até amanhã, camaradas
Foto tirada daqui.
brilha que brilha
Uma outra conclusão ainda mais óbvia: Jerónimo de Sousa é um quase desconhecido. Porque se escondeu antes da sucessão a Carvalhas e porque aparece agora, cheio de generosidade, é certo, mas muito "low profile". E o povo, pelo menos aqueles que respondem às sondagens, gostam de ver bem a dentuça dos politicos a brilhar.
Pois e o CDS, bem, o CDS é aquela Maria cheia de Graça!
quinta-feira, 27 de janeiro de 2005
propostas
E olhando ao que dizem as mais recentes sondagens, o PCP irá perder ainda mais deputados.
Isso a mim não me diz nada. A falta de coragem para se votar em propostas sérias é um dado adquirido. Venha lá quem vier, cá estaremos, nós os comunistas, para lhes mostrarmos que não estamos aqui em vão.
A propósito, sabia que A escritora Alice Vieira apoia a CDU?
A melhor escritora portuguesa viva não se deixa abater. E como ela muitos outros. Há que ser duro!!
claro que "nunca"
Temo bem que estes tipos andam a ler o meu blog. Afinal, tardiamente é certo, perceberam as verdadeiras motivações de um arrependido.
lamento
E acredito que à medida que o fenómeno dos blogues for ganhando massa crítica, maior será a probabilidade desta afirmação se tornar ainda mais verdadeira.”
Paulo Gorjão pediu , há cerca de um ano atrás, uma perspectiva (resultados aqui) da blogosfera lusa para 2005. Provavelmente não estaria a imaginar que iria encerrar o seu excelente Bloguítica. Despediu-se hoje de forma fria e distante. Lamento.
quarta-feira, 26 de janeiro de 2005
a sorte
eu tenho mais sound byte do que tu
Foi com esta frase, que cito de cor, que Jerónimo de Sousa terminou o frente a frente com o Excelentíssimo Sr. Doutor Paulo Portas.
O “Senhor Deputado” Jerónimo de Sousa começou titubeante, depois daquele simpático casal de pombos ter decidido tirar a palavra ao TGV Paulo Portas. Depois, J. S recompôs-se e esvaziou o rol propagandistico de P.P. que enumerara os antigos combatentes e os pensionistas, com o facto de estarmos a atravessar uma época de frio, onde as pessoas precisam de assistência médica e de baixas de curta duração que, como se sabe, são hoje um direito perdido pelos trabalhadores por culpa do outro senhor.
O “senhor governo” pegava na palavra e, mais sound byte menos sound byte, apregoava aos portugueses que ele é que fez, ele é que pegou, ele é que teve a ideia assim, a ideia assado. Jerónimo de Sousa ouvia, educado, e lembrava que aquele “senhor governo” era o mesmo que escrevia no "Independente", no tempo do cavaquismo, coisas tão distintas das que agora defendia. E o “senhor governo” não perdeu tempo e recorreu logo ao “não me faça falar do comunismo e tal”. Mais um bocadinho e já ia para a URSS, o velho e gasto argumento que a direita usa sempre que se sente encostada à parede pelos comunistas.
Depois o “senhor governo” queixou-se de que governou apenas com oito por cento de votos e jurou fazer muito mais se lhe derem mais votos. Na prática quis dizer que se com aquele numero de votos foi capaz de salvar 190 postos de trabalho na Bombardier, se lhe derem mais oito por cento ha-de ser capaz de salvar 380. E por aí fora. Grandes façanhas.
Em suma, foi um debate esperado. Portas a falar de cima da burra e Jerónimo a mostrar que se pode dizer coisas interessantes sem se estar aos berros, como foi o caso da demonstração clara de que Portugal não pode continuar a ser um peão das nicas na União Europeia.
terça-feira, 25 de janeiro de 2005
a não perder
Cá em casa a utilização do "PêCê" está condicionada a regras, pelo que só amanhã farei o devido e interessado comentário.
Eu não ando aqui a encher pneus
O Barnabé manda uma posta sobre “ Maturidade”. Um gajo lê aquilo e realmente tem que dar razão àqueles que falam em “reaccionários de esquerda” e em “neo-fascismos de esquerda”. E um gajo não anda aqui a encher pneus.
E depois o JPP, “wise guy”, serve-se daquilo como quem pega num calhau de arremesso, disfarçado de tijolo construtivo.
E um gajo não anda aqui a encher pneus!
Do essencial não falam eles. Que um gajo lê a imprensa nacional e, em matéria de politica, a “entrada” mais recorrente, quer nos títulos dos artigos, quer nos ditos cujos, provém quase sempre da conjugação do verbo “acusar”.
E um gajo não anda aqui a encher pneus e percebe que o essencial seria dizer que o povo já está a ser acusado da possibilidade de se realizarem novas eleições após 20 de Fevereiro, caso o partido “A” não obtenha maioria absoluta.
E o povo não anda aqui a encher pneus e já devia ter aprendido que os políticos (e é de políticos que eu estou a falar) gostam muito de apregoar que “o povo é soberano e sabedor”.
O povo um dia farta-se disto tudo e vai embora.
segunda-feira, 24 de janeiro de 2005
também tu
Sei muito bem o que significa a disciplina partidária e as condicionantes impostas pelo aparelho. Mas isto existe em todos os partidos, ou seja, não é só no PCP que há rigidez e disciplina. O que me causa sinceramente alguma pena é saber que Ricardo Pereira continua a demonstrar alguma simpatia pelo PCP e anda de namoro com o Bloco de Esquerda. Uma figura publica como ele, cujo trabalho se orienta para um target jovem e, obviamente, urbano só podia descambar na tentação do Bloco.
Fico triste. De resto, o português quando passa a frequentar os grandes restaurantes, em vez de puxar da cadeira para se sentar, empurra a mesa.
o dia mais triste do ano
Eu digo já: o que me deprime hoje é o facto de eu ainda não ter lido nada que aponte para o envio de Trapatoni para casa da mãe dele. Passou um "tanque" na minha rua.
domingo, 23 de janeiro de 2005
Nietzsche & Schopenhauer
A blogosfera portuguesa adoptou o cliché de enviar saudações a blogs aniversariantes. Eu deixei de o fazer a partir do momento em que vi nisso uma forma de bajulação, graxa, se quiserem. Ainda me lembro bem do autor do "Abrupto" anunciar previamente o aniversário do blog para, como se verificou, no respectivo dia receber cumprimentos e palminhas de “um cento e mais um” bloggers. E ele, zeloso, a enumerar os respectivos links. Uma coisa bárbara, só ultrapassada em prestigio pela festa dos oitenta anos de Mário Soares, que, de resto, já não tem idade para fazer um blog.
Daí que eu esteja hoje a enviar os meus sinceros parabéns ao Frederico e ao Artur pelo primeiro aniversário do último post do excelente Nietzsche & Schopenhauer. Um blog parado mas ainda muito visitado. A referencia do comentário desportivo na blogosfera. Parabéns malta.
million dollar baby
Clint Eastwood, mais uma vez, a fazer a diferença. Bravo.
sábado, 22 de janeiro de 2005
haja memória
Por mim bem pode apagar já o blog
o nada
E esteve, de facto.
Como estará muito mais, caso o partido que ele comanda tiver o protagonismo governativo que eles tanto ambicionam. Neste particular cabe referir, por elementar justiça, aquilo que Jerónimo de Sousa vem defendendo: a qualidade responsável contra a qualidade do marketing. Louçã e Sócrates são, a para de Portas e Santana, autênticos produtos cosméticos, criados nesta época de globalização. Não passam de vedetas, umas mais emproadas que outras, que a tudo recorrem para atrair atenções. Servem-se de um discurso apelativo, certeiro, para atrair votos.
Tudo espremido e não temos nada. Por isso mesmo é de bom senso, e aliás de boa mente, reforçar a mensagem de que o voto útil tem expressão se for atribuído ao Partido Comunista Português. Um partido que não alinha em caldinhos, despreza o populismo e mostra-se empenhado num discurso sério e com propostas coerentes.
Ninguém tem duvidas, neste momento, de que o PCP tem tudo contra ele. A imprensa em primeiro lugar, que o despreza constantemente. Acrescente-se o discurso de Mário Soares a apelar ao Bloco, ao partido do “baralho de cartas”.
E é por isso importante que um comunista como eu, aceite o propósito sério de se dirigir à esquerda apelando que não se deixe levar por panaceias. Em particular àqueles que se identificam com os ideais de esquerda. Não se deixem levar na onda. Procurem estudar nas entrelinhas das parangonas e, por certo, encontrarão o verdadeiro sumo deste novo discurso: o nada.
Se eu fosse do PSD
Acabei de ver Santana no “Expresso da meia-noite”, na sicnews, e tenho duas ou três coisas para dizer:
1. Santana é bom em campanha. Mostra muita versatilidade e defende-se como poucos. É um Santana diferente do Santana decretado primeiro-ministro. O homem tem estofo de campeão e vai mostrar isso mesmo nestas eleições.
2. Pacheco Pereira sai muito mal na fotografia porque foi completamente ignorado. Por Santana, obviamente, e pelos jornalistas presentes. Eles falaram repetidas vezes em Marcelo, Cavaco, Manuela Ferreira Leite, Marques Mendes. Pacheco Pereira, nicles. Está em Titã, bem longe portanto.
3. Uma observação muito pessoal: o que é que se pode fazer com uma tipa como aquela Clara Ferreira Alves de nariz de matraquilhos e cabelo de enxofre a reinar com a seca no Alentejo, a patinar para o “reality show”? Uma desgraça.
sexta-feira, 21 de janeiro de 2005
diga-lhes o que é de dizer
in Abrupto
Temos aqui um problema, de facto. Um não, dois. O primeiro será deslindado pelo "comentador das barbas brancas". O segundo consiste na pobreza de espírito de todas as pessoas que se dirigem ao "Sr. abade", nos dias de hoje, a pedir a sua (dele) bênção. "Em quem voto eu Sr. abade?"
Isto recordou-me uma confidência que o avô da minha querida mulher me contou um dia: por ocasião das primeiras eleições livres do Portugal democrático o agora também meu avô perguntou a um padre muito conhecido e influente na Sé do Porto, à época, em que partido deveria votar. A resposta foi clara concreta e concisa: " Vota no PPD porque os do CDS são um bocado salazarentos"
Ó senhor Pacheco, diga-lhes isso. O caríssimo sabe muito bem que o clero do Porto sempre esteve mais à esquerda do que o outro!
os governos da mudança
quinta-feira, 20 de janeiro de 2005
debate para que te quero
"Fugas" (ouviram esta?)
Adenda: evidentemente que o Portas ganhou e essa direita cheia de lata excita-se. Evidentemente que Louçã também ganhou. Ganham todos porque o meu é melhor que o teu e o meu é amigo do meu pai e o meu é amigo do padre e o meu é amigo de Deus.
Oi carinho! Tudo bem?
Para mim está claro: candidato politico que faça um blog nesta altura não passa de um "votoprostituto" ( considerem que não escrevi esta palavra tão vetusta , sim? - é apenas o meu lado "crasso" a funcionar) à procura de clientes.
Ostracismo é o que mereciam, se a blogosfera fosse realmente uma coisa diferente.
atiradores-de-toalha-ao-chão
Sinto uma compaixão irónica, coisa esquisita, pelos eleitores do PSD, que andam aflitos sem saber bem o que fazer. Ainda hoje ouvi um militante dizer, à boca cheia, que vai votar na “alternância”. Mas o que é isto?
E depois disto tudo só me apetece dizer:
"O meu país sabe às amoras bravas
no verão.
Ninguém ignora que não é grande,
nem inteligente, nem elegante o meu país,
mas tem esta voz doce
de quem acorda cedo para cantar nas silvas.
Raramente falei do meu país, talvez
nem goste dele, mas quando um amigo
me traz amoras bravas
os seus muros parecem-me brancos,
reparo que também no meu país o céu é azul."
Amoras, de Eugénio de Andrade ("O Outro Nome da Terra")
quarta-feira, 19 de janeiro de 2005
A incrível experiencia do senhor Hilário Eleitor
Hilário Eleitor tinha, contudo, um problema de saturação. A mulher servia-lhe sempre a mesma refeição: feijoada com mão de vaca. Hilário comia sem moer, arrotava e, depois, procurava consolo no bagaço da tasca do Manel.
Todos os dias a mesma receita.
Horácio Eleitor estava decidido em experimentar a mudança. De maneiras que um dia resolveu que ia jantar fora. Dispensou o futebol de salão com os amigos e marcou mesa no restaurante mais povoado da vila.
Foi muito bem acolhido pelo chefe de mesa. Era agora um cliente e notava bem a diferença no trato. Tudo era agora diferente e sedutor. Disseram-lhe, porém, que consultasse a lista e escolhesse a melhor alternativa. O melhor prato, a mudança, em suma.
Hilário Eleitor não sabia ler. Olhava em volta e o conflito interior inibira-o. O melhor seria apontar qualquer coisa da lista. A mudança, afinal, estava ali à mão de semear.
O empregado percebeu claramente o pedido e prometeu pouca demora. Hilário pensava, ansioso, na mudança. E a mudança não se fez esperar: feijoada com mão de vaca. Raio de sorte a do Hilário Eleitor! Afinal ia comer mais do mesmo. E comeu e não moeu.
Na mesa ao lado percebeu que os comensais estavam satisfeitos e percebia-lhes a gula. Mas que posta de carne suculenta! Como se chamaria aquilo? Hilário ouviu então o mais velho da mesa solicitar o serviço do empregado e percebeu claramente a palavra “more”. Devia ser o nome daquela mudança. E Hilário pediu “More” ao empregado. E o empregado voltou com mais do mesmo. E Hilário Eleitor comeu e calou.
Não percebia bem tamanha sorte. A mudança estava ali ao lado mas a escolha acabava sempre no mesmo.
Hilário Eleitor foi para casa e disse à mulher que ela era a melhor cozinheira do mundo. Ela abraçou-o e avisou:
- Amanhã é dia de ir votar na mudança.
terça-feira, 18 de janeiro de 2005
Armas, quinquilharias, tecidos, rum
Quinquilharias: dizem por aí, à boca cheia aliás, que Sócrates é homossexual e coisa e tal. Pá, eu não gosto nada do tipo, bem sabem. Mas acho mal essa cena de se falar da sexualidade do homem. A mim não me impressionam essas patetices. Cada um exerce a sua sexualidade como bem entender.
Tecidos: Ontem vi na televisão Francisco Louçã e Ana Drago numa missão social, creio. Logo atrás seguia um tipo com ares de “guarda Abel” : Daniel Oliveira.
Rum: Amanhã não esquecer de ver o primeiro dos novos episódios da série “24”.
domingo, 16 de janeiro de 2005
Elucubrações dum gajo fodido, numa tarde de domingo, depois de ter comido uma feijoada com grelos.
Titã, a lua de Saturno, é o ópio de Pacheco Pereira. O homem apega-se àquilo, ganhando audiências e outra tranquilidade. Assim, bem pode continuar caladinho, como convém aos críticos de Santana, à espera do após 20 do 2 para, aí sim, voltar à carga com o seu “pobre país o nosso”.
Sócrates anda feliz porque tem a vitória no papo. Nem precisa de dizer nada. Tem a banca e o "Expresso" a apoia-lo e até os “blasfemos” já se renderam. Nem o facto de alguém ter considerado Sócrates o Kerry português os anima.
O F.C. Porto não conseguiu ganhar ao último classificado da Superliga e nem um pio na blogosfera de referencia. Longe vão os tempos em que eram pedidas reverências ao glorioso dragão…de papel, digo eu.
Vi o dvd do gato fedorento. Não sendo leitor do respectivo blog e vendo pouca televisão, confesso que fiquei surpreendentemente agradado com o talento daqueles quatro miúdos. Tomara que não se deixem deslumbrar. Nesse caso perderiam toda e qualquer personalidade jurídica…
Adenda: Mantorras "dread"! Emoção, África, delírio!
Eroticalee2 :: Open Your Imagination...
sábado, 15 de janeiro de 2005
Frank Zappa on Crossfire (1986)
E a mudança? E a mudança?
Um gostar que não se aprende
sexta-feira, 14 de janeiro de 2005
intensidades
vamos escrever uma história
Eu começo com uma simples frase e quem quiser acrescenta um parágrafo ou uma frase nos comentários. A ver no que dá. Se é que dá!
Então força!!
Espero muita e boa adesão. Bora lá escrever!!!
"A estrada parecia não mais acabar. Finalmente uma área de serviço onde dar descanso ao carro e comer alguma coisa. Miguel encostou o carro na bomba 1 e atestou o depósito, dirigindo-se de seguida para o "Snack Bar"."
coisas de nada
O sol a esconder-se e ela deitada nele a saborear a viagem longa.
O caminho para casa levava-lhe o ocaso, rápido e cruel, escuro, e a janela da camioneta servia de tela para outros filmes.
Nada mais aconteceria naquele fim de tarde de Janeiro. A casa, as lides e as ondas de espuma branca a debruar os lençóis amarrotados.
Mariana deitou-se cedo e nem ligou a televisão. Não viu o outro mar, cheio de fúria e destruidor de todos os sonhos. O seu sonho era outro e nada deste mundo é mais forte do que sonhar.
o Sacamanteigas
foto:REBORDECHAO, Iglesia Parroquial,
Vilar de Barrio, Ourense, tirada daqui.
quinta-feira, 13 de janeiro de 2005
convincente!
uma coisa é certa
E para reforçar esta ideia, devo dizer que na minha ultima viagem oficial a Valencia fui ver a Catedral, nos meus tempos livres, sem que com isso houvesse o mais pequeno sintoma de afastamento das minhas obrigações profissionais que aquela viagem me forçou.
espabilhai mas é!!!
pergunta do dia
quarta-feira, 12 de janeiro de 2005
o dilema
In Abrupto
Isto é realmente um facto que atira qualquer socialista para um grande dilema: “andei todo este tempo a contestar o esbanjamento, o jobs for the boys, a irresponsabilidade politica, o arranjinho da ordem, e não vejo nada no meu partido que aponte para a face boa da moeda”.
Em suma, meus caros, falta saber até que ponto os portugueses persistem em passar cheques em branco, em assinar sentenças de morte como quem dá autógrafos numa tarde de domingo. Falta saber se os portugueses terão disso consciência e, por outro lado, perguntar aos lideres de opinião se eles estão realmente a fazer alguma coisa em prol dessa consciência
terça-feira, 11 de janeiro de 2005
foto "Público"
segunda-feira, 10 de janeiro de 2005
Quem quer casar
Não faltam pretendentes para casar com a carochinha. E você? Quer ser o João Ratão?
domingo, 9 de janeiro de 2005
siga a lógica do gato para 2005
via attu
hum
De resto, e por uma questão de honestidade, dou os meus sinceros parabéns a todos os sportinguistas, que devem estar contentes com a vitória do seu clube sobre o meu.
Sempre apreciei “Benfica-Sportings” porque me dá gozo ver as bancadas repletas de publico verde e vermelho, a confraternizar o espectáculo desportivo.
No final do jogo desta noite, o jogo do enterro do “catenácio”, fixei-me naquela imagem de um adepto benfiquista a filmar as bancadas, entre sportinguistas “encachecolados” e felizes. O homem parecia feliz, embora o seu clube tivesse perdido. São estas coisas que devem ser relevadas, bem como o imenso facto de que é o futebol, no seu esplendor, que melhor sabe curvar-se em honra dos que sofrem, como foi o caso de termos visto quarenta e tal mil pessoas prestando homenagem sincera e não abrupta às vítimas da ultima tragédia magna. Isto é incontestável. Não vos parece?
Viva a gente de paz.
sábado, 8 de janeiro de 2005
logo à noite, a táctica
"E' così chiamato, con intenzione spesso spregiativa, un modulo "difensivistico e contropiedista" molto in auge in passato dalle nostre parti, tanto da assumere anche la dizione "gioco all'italiana".
Consiste nell'utilizzare un modulo 11-0-0, in cui il giocatore più avanzato è il portiere."
para festejar ...
jamais recusei um copo. Um brinde tem mais sabor enquanto desejo de que algo aconteça. Normalmente costumo dizer, quando brindo, " para que as nossas mulheres nunca fiquem viuvas". Neste caso, caro amigo, brindarei antes, durante e depois do jogo, porque o futebol é uma festa!!
sexta-feira, 7 de janeiro de 2005
Baratos, simples e turbulentos, os cigarros de um povo pobre passaram a ser substituídos por marcas mais sofisticadas. Os “SGs” apareciam com toda a força e devo dizer que sempre cognominei o “SG Filtro” de “ o tabaco dos trolhas” porque na minha pré-adolescência apenas os miúdos que trabalhavam nas obras tinham dinheiro para comprar tabaco. Era um vê se te avias de “éssegêfiltro”, a causar inveja aos estudantes tesos que nem um pau.
Ora bem, depois apareceu a “geração de setenta”, já com o seu “Pocket Money”, e o dinheirinho para o autocarro. Iniciava-se aí a “primeira passa” e o padrinho era invariavelmente o “SG Ventil”.
Entretanto a malta casou e arranjou filhos e tal e, entre umas e outras coisas, veio a União Europeia e a abertura total do mercado e o poderosíssimo “Marlboro”, claro, não veio sozinho. Trouxe o “Lights” e deu uma mão ao “Camel” e a outras marcas importadas. Uma maravilha!
Acontece que a malta continuou a dar preferência aos “éssegês”. Raio de vício dos portugueses! Um povo que copia tudo, importa tudo do que há e do que não há. Bebem “Coca-cola” à força toda, usam “Levis” a torto e a direito, mas mudar de marca de tabaquinho é que não. Um fenómeno a merecer estudo aos estudantes de Sociologia!
Há bem pouco tempo surgiu o fatal golpe de teatro: os “éssegês” têm pesticida. Coisa grave! Há que mudar de marca.
Eu não mudei, pronto. E não mudo.
E tudo isto para dizer que, afinal, há umas análises mandadas fazer em Itália a afirmar que o meu “ventilito” não tem nada de pesticidas.
Arranjem outro estratagema, sim? Os “éssegês” continuarão a ser o símbolo maior da nossa independência.
Viva Portugal. Pim!
quinta-feira, 6 de janeiro de 2005
Brevemente neste blog...
Código d’Avintes.
Uma proposta ficcionada sobre o segredo do fabrico da broa de Avintes.
lasanha congelada
Mais do que ter medo do "perigo vermelho", deve temer-se, em dobro, a ameaça da estupidificação maciça, da futilidade e da lasanha congelada.
sem assunto
Não sendo nada “penthouse” no estilo, apetece-me ser pornográfico no sentido mais rasca. Utilizar sílabas “minetas”, ou mesmo dar umas bicadas mais anais. Fertilizar a alma com a pior bosta, o mais quente estrume para a libido.
Não sei. Estou confuso, a pontos de nem publicar esta merda.
(merda de texto, merda de autor – autocrítica de merda)
Tenho também a acrescentar que a palavra-chave “ PUNHETA” é a que redirecciona maior número de visitantes para o “food-i-do”, a partir do google.
Isto deve-se a dois factos: a) escrevi um post com o título “ Punheta McDonals”. b) Há muito adepto do acto solitário masculino.Há ainda um terceiro facto: o mundo está doido!
...E por aí fora.
quarta-feira, 5 de janeiro de 2005
o cantinho do hooligan
terça-feira, 4 de janeiro de 2005
a ponte é uma passagem
Foto primadesblog
Que me desculpem os senhores neo-liberais, e outros que tais, mas o verdadeiro líder do PSD, o único ainda capaz de mostrar ter tomates e postura de homem de estado chama-se Rui Rio. O homem apresenta um reportório notável em matéria de perseverança e capacidade de honrar o seu percurso político.
Este humilde comunista que vos fala gostaria de o ver um dia a comandar esta pobre e desalmada nação. De certeza que muita “mama” acabaria, muita intriga nem nascia e muito pendura, populista e arrivista passaria a comer na pia.
segunda-feira, 3 de janeiro de 2005
"nunca votaria PCP porque" -resultados do mini inquérito
Votes
os meus pais matavam-me se soubessem 3% 1
sou anti-comunista 21% 8
ainda acredito que eles comem criancinhas 21% 8
sou militante de um outro partido 11% 4
associo muito o PCP à antiga URSS 5% 2
gosto de fumar umas brocas e por isso voto no Bloco 24% 9
vou pensar seriamente no assunto 16% 6
38 votes total
Conclusão: o PCP continuará a existir como partido de referência porque:
1- A palavra Tsunami constituiu-se, a par da al-qaeda (é a 1ª vez que escrevo este palavrão) como o símbolo máximo do terror no mundo.
2- A URSS já não está presente na memória colectiva dos portugueses
3- As drogas livres estão liberalizadas e a malta não precisa mais dessa bandeira.
4- Ainda há quem pense, embora não se saiba bem se ouvem a antena 2.
5- Está na moda ser-se anti-americano.
Este parecer dispensou a colaboração do irmão do dono da Portugal Telecom.
Eu, apesar de estar em desacordo com o centralismo democrático, apesar de me orientar por uma vontade de mudança no PCP, subscrevo o "principio de Pacheco" e votarei no PCP (CDU, para ser mais rigoroso).
PIM!
o food-i-do feito pelos seus leitores
...e se na mesma ocasião mandasse – na sua qualidade de chefe das Forças Armadas – mandasse dizia eu, um regimento de Engenharia para o Sri Lanka, reconstruir casas, abrir poços e, já agora uma brigada médica – a sério ! – para cuidar dos ainda vivos ???
Manuel Ferrer
slb
PS- Isto foi escrito por um benfiquista que não se escuda em "cantinhos de alienados" para escrever sobre futebol "apenas e tão só" (adoro esta expressão neo liberal) quando o seu clube ganha.
domingo, 2 de janeiro de 2005
sonhos meus
Como podia aquela janela estar ao contrário? Fora sisma de quem a lá pôs? Fora engano? Superstição? Ninguém sabe. Aquela janela era um mistério. Dela podia ver-se o chão por cima do céu. Podia ver-se coelhos voando e pássaros a rastejar para a toca. O mundo às avessas era coisa estranha e tinha ares de pesadelo. Aquela janela era maldita!
Um dia, alguém decidiu parti-la. Havia urgência em repor a normalidade das coisas. Arrancaram-na da parede e saltaram para cima daqueles vidros claros que se partiram, frágeis e quase indiferentes. Todos ficaram aliviados, decerto. Um deles debruçou-se no parapeito da antiga janela e olhou para fora. Nada. O mundo tinha desaparecido.
no geral...de acordo
No geral estou de acordo com JPP. Tenho pena que um jornal como “A Capital” tenha descido tanto em vendas (38%, salvo erro) e acho que o único jornal de referência neste momento é o Público. Oxalá Belmiro de Azevedo continue a ver o jornal que fundou como a menina dos olhos da “Sonae.com”. Todos sabem que aquele jornal custa muito dinheiro e só existe por mero gozo do seu dono.
Por outro lado, não posso concordar com a referência que JPP faz a Delgado do DN. Sendo verdade que aquele jornalista se caracteriza por, citando JPP, um “Proselitismo acéfalo, mau português, pouca informação, wishful thinking, ressentimento, grau zero de pensamento e ataques pessoais até dizer basta”, não posso concordar com isto: “Se não tivesse as funções de nomeação política que tem nenhum jornal sério o publicaria”. Porque já há muito tempo que aquele jornalista escreve como escreve e não é de agora que ele é tudo o que JPP descreve. Sejamos sérios: o homem, Delgado, sempre foi um pateta da opinião. Como muitos outros, aliás. Pacheco Pereira, por honestidade, deveria sim abordar o essencial em detrimento do acessório. Deveria, quanto a mim, descer do seu púlpito e jogar outro tipo de jogo. De um bom lutador espera-se o melhor golpe. A um golpe baixo, um bom lutador jamais devolve outro. Um gancho de esquerda seria bem mais eficaz e dava outro romantismo à coisa.
sábado, 1 de janeiro de 2005
balanço
O meu blog.
Dezoito meses a escrevinhar coisitas, a picar os mestres e a moer. E a remoer.
Já é Janeiro e vou ver a minha vida.