José Pacheco Pereira emitiu um parecer sobre coisas boas e coisas más do jornalismo português em 2004. Assume que gosta dos jornais que lhe pagam (louve-se a honestidade), sem com isso deixar de criticar o que lhe mereceu criticas (os plágios no Público por exemplo).
No geral estou de acordo com JPP. Tenho pena que um jornal como “A Capital” tenha descido tanto em vendas (38%, salvo erro) e acho que o único jornal de referência neste momento é o Público. Oxalá Belmiro de Azevedo continue a ver o jornal que fundou como a menina dos olhos da “Sonae.com”. Todos sabem que aquele jornal custa muito dinheiro e só existe por mero gozo do seu dono.
Por outro lado, não posso concordar com a referência que JPP faz a Delgado do DN. Sendo verdade que aquele jornalista se caracteriza por, citando JPP, um “Proselitismo acéfalo, mau português, pouca informação, wishful thinking, ressentimento, grau zero de pensamento e ataques pessoais até dizer basta”, não posso concordar com isto: “Se não tivesse as funções de nomeação política que tem nenhum jornal sério o publicaria”. Porque já há muito tempo que aquele jornalista escreve como escreve e não é de agora que ele é tudo o que JPP descreve. Sejamos sérios: o homem, Delgado, sempre foi um pateta da opinião. Como muitos outros, aliás. Pacheco Pereira, por honestidade, deveria sim abordar o essencial em detrimento do acessório. Deveria, quanto a mim, descer do seu púlpito e jogar outro tipo de jogo. De um bom lutador espera-se o melhor golpe. A um golpe baixo, um bom lutador jamais devolve outro. Um gancho de esquerda seria bem mais eficaz e dava outro romantismo à coisa.
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