sábado, 22 de janeiro de 2005

o nada

A imprensa escrita de hoje não fala de outra coisa: "Louçã, estiveste mal".
E esteve, de facto.
Como estará muito mais, caso o partido que ele comanda tiver o protagonismo governativo que eles tanto ambicionam. Neste particular cabe referir, por elementar justiça, aquilo que Jerónimo de Sousa vem defendendo: a qualidade responsável contra a qualidade do marketing. Louçã e Sócrates são, a para de Portas e Santana, autênticos produtos cosméticos, criados nesta época de globalização. Não passam de vedetas, umas mais emproadas que outras, que a tudo recorrem para atrair atenções. Servem-se de um discurso apelativo, certeiro, para atrair votos.
Tudo espremido e não temos nada. Por isso mesmo é de bom senso, e aliás de boa mente, reforçar a mensagem de que o voto útil tem expressão se for atribuído ao Partido Comunista Português. Um partido que não alinha em caldinhos, despreza o populismo e mostra-se empenhado num discurso sério e com propostas coerentes.
Ninguém tem duvidas, neste momento, de que o PCP tem tudo contra ele. A imprensa em primeiro lugar, que o despreza constantemente. Acrescente-se o discurso de Mário Soares a apelar ao Bloco, ao partido do “baralho de cartas”.
E é por isso importante que um comunista como eu, aceite o propósito sério de se dirigir à esquerda apelando que não se deixe levar por panaceias. Em particular àqueles que se identificam com os ideais de esquerda. Não se deixem levar na onda. Procurem estudar nas entrelinhas das parangonas e, por certo, encontrarão o verdadeiro sumo deste novo discurso: o nada.

Sem comentários:

Web Analytics