segunda-feira, 8 de março de 2004

Segunda

Segunda-feira, manhã de sol a anunciar um bonito dia de Março, fresco nos aromas e sorridente nas cores. E parece que é o dia internacional da mulher, esse primaveril aroma sorrindo mil cores e movendo tudo à sua volta qual moinho de vida. Pois eu detesto dias internacionais e outras alfaces reputadamente comerciais. Todavia tenho algo a escrever sobre uma mulher. Uma mãe, empresária talvez, da minha geração, quem sabe; talvez morena ou não, em suma alguém que me tem despertado algum carinho e admiração. E quero dizer-lhe desde já que gosto dela. Não porque me arrebate com textos complexos ou porque me cative com apelos sensuais, a despertar a imaginação fértil que é coisa de homens. Gosto dela porque ela me tem mostrado ser mulher. Coisa aparentemente simples mas que me marca de forma indelével. Uma mulher que é mãe, que engoma, que trabalha, que configura o seu PC, que vai ao banco, que espera, desespera, ampara e sofre e ri. Uma mulher que sabe escrever, informada, comunica e tem como o fazer. Uma mulher que me demonstra diariamente a sua simples condição humana que é viver a família, na família, uma mulher que partilha uma borbulha que seja, uma alegria que sinta, um olhar triste que perceba. Uma mulher que não se arma em douta de coisa alguma, uma mulher que me faz amar cada vez mais a mulher que amo.


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