Hoje deu-me para isto: andar a ler posts e comentários sobre a vitória dos azuis em Manchester. Vi muita satisfação, orgulho e também vi aquele esgar de arrogância de alguns. Notei também muitos benfiquistas contentes ou aparentemente satisfeitos com a façanha de ontem.
Mas não alinho nessa onda bacoca de afirmar que o Porto é o “exemplo a seguir”, é a “empresa portuguesa mais competitiva no estrangeiro”, etc. Uma coisa é um clube português ganhar a um inglês, outra é fazerem disso o menosprezo de todos os outros clubes e empresas portuguesas que, de uma outra forma, também se batem internacionalmente. Sejamos honestos: o Porto venceu um jogo e continua em prova. Mas se o porto tivesse tido necessidade de marcar um golo e o tivesse feito legalmente e o árbitro o tivesse anulado, o que se diria? “somos os coitadinhos da Europa”, “eles é que são os poderosos”, “Portugal nem existe para eles” e por aí fora. É nestes momentos de vitória que devemos perceber o quão efémero isto pode ser, tentar perceber que um remate, um lance mal ajuizado, pode mudar tudo.
Para terminar o tema, espero e desejo que o Benfica saiba competir na Europa. E estou preparado para perceber que, por de entre tantas oportunidades de golo, tantos lances mal ajuizados, o Benfica pode ser grande graças a lances como o do Costinha. Oxalá consiga.
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