O Nelson fez uma referência a uma posta do Alex (isto está a ficar bonito), onde este tenta justificar aquilo que já se sabe. Que é um solitário, como poderia e pode ser muitas outras coisas. Só quem lê meia dúzia de posts do Alex e outra meia dúzia de comentários, e se tiver 1% apenas de perspicácia, facilmente conclui que este rapaz não anda bem. Apesar dos teatros, das exposições e dos cinemas este amigo tem um problema. Ele vive um problema de solidão e não o esconde (não sei se voluntária ou involuntariamente).
Depois o Alex cita este texto. Fui lá ver e só faço um comentário: eu tenho uma vagina e não tenho inveja de quem tenha duas. Ponto final (este comentário, perdoem-me a vaidade, é mesmo muito subtil).
E mais adianta o Alex uma data de disparates e lugares comuns acerca do Porto e das pessoas do Porto. Não me ofendo porque sou de vistas largas. Vivo demais esta cidade e amo-a de tal maneira que até consigo ver nela coisas menos boas. Mas o que ele ali atira não é nada mais, nada menos do que meia dúzia de clichés que poderiam ser ditos a propósito de qualquer outra grande metrópole. Indigentes, muitos. Betinhos, bastantes. Velhos, cada vez mais. E depois? É isso que nos faz solitários? Não creio. A solidão é uma estrutura criada pelo indivíduo, muitas vezes rodeado das mais variadas amizades. Por isso não me espanta que haja muita gente a viver em solidão, no Porto ou na Conxixina.
Alex, se ainda não reparaste, o Porto, nos dias que correm, está mais jovem do que nunca. Ainda sexta-feira fui à minha Ribeira e quase não cabia lá. Ainda hoje fui à baixa e era só malta nova, bonita e, certamente, interessante.
Penso, sem malícia, que a nossa maior virtude terá que ser a de saber cultivar o virtual sem deixar de experimentar o real. E o real é que é bom, nem que seja na Rua Escura (conheces?). Toma lá um abraço.
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