Se por acaso me olhasses um segundo mais, se parasses o teu tempo nesse olhar, se me deixasses fazer aquela expressão, por certo me abraçarias muito forte e eu ficava assim, consolado, a sentir o teu peito.
Era assim que eu lhe falava. Coisas destas, piegas quase sempre, mas muito intimas. E ela tentava fingir que não percebia a minha linguagem.
Era num tempo em que as folhas de Outono caíam mais devagar e o frio miudinho, este frio fingido, fazia-nos apetecer um beijo quente.
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