terça-feira, 16 de novembro de 2004

é o mundo, meus caros

Pois é, o fenómeno pindérico da quadra natalícia já paira no ar, nas montras e na blogosfera.
Façam lá os vossos enfeites, as grinaldas e os presépios. Porém, não me enviem cartões electrónicos com merdas perfeitamente supérfluas sobre a paz e o amor e outras hipocrisias de pacote. Chega. Não quero nada dessa treta, ouviram?

Reparei, também, que o “contra informação” de domingo foi abruptamente cortado. Fiquei parvo. Não que não esperasse que alguém tentasse comandar a coisa. Parvo sim, porque pensava que já não havia disto num país habituado à liberdade. Falta saber o que dirão os autores e mentores daquele excelente programa. Eu fico chateado, é claro que fico chateado.

Um homem só, atreveu-se a falar contra o partido, dentro do partido, no seio do partido, enfrentando o aparelho e toda a cambada de jagunços que o compõem. Outros, porém, preferiram o desprezo, permanecendo à margem, tranquilamente, e aguardando novos capítulos para depois, e mais uma vez tranquilamente, mandarem umas farpas, como se a sociedade de hoje fosse a mesma do tempo dos da geração de 70.
Que esperar de homens como estes?

Cavaco reapareceu, qual pinheirinho de natal, e parece que tem alguma luz. Destila a mesma retórica e continua o mesmo espanta pardais de sempre. Há quem o queira à frente de um novo partido do centro direita. São os mesmos que, noutros tempos, faziam parte do aparelho, comiam da mesma gamela e aplaudiam a bipolarização da vida politica portuguesa. Ora essa!

A mulher de Toni Soprano acabou por ir para a cama com o director da escola onde o filho estuda. O homem gostou mas, dada a merda de mundo em que vivemos, não foi capaz de descortinar o prazer que uma mulher tem em dar uma boa queca e acusou-a de interesseira, de alguém que fodia apenas para atingir determinado objectivo. É o mundo, meus caros.


1 comentário:

ATF disse...

meu caro amigo, se te referes aquele bloger que troca peidos engarrafados de channel com a bomba inteligente devo dizer-te que é uma infeliz coincidencia. nunca li, salvo uma ou outra citação avulsa.

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