sábado, 6 de novembro de 2004

Nada apetece, a neura.
E sonhei uma coisa terrível. Um amigo meu morto, jazendo num enorme caixão em plena sala de estar. Uma sala grande e cheia de gente. O meu amigo, ali deitado, parece dormir como todos os mortos. E eu a vê-lo mexer-se, a abrir timidamente os olhos. Levanta-se, combalido, cara branca dos mortos. Diabos, o moço está vivo.
Um coisa fascinante este sonho. Raios de emoção. E o pior é que eu ainda tive tempo para lhe ver as costuras da autópsia a provarem-me duas coisas: ele esteve morto morrido e, por certo, não lhe retiraram nenhum dos seus magníficos órgãos vitais.
Raios de emoção quando ele (quase escrevia o nome do meu amigo) se abraçou a mim, a mim sim, que ficou ali provado quem era o seu melhor amigo de sempre. Foi a mim que ele se dirigiu e me pediu, aflito, para o levar a uma casa de banho. Atirei-o para cima da sanita e as costuras estavam lá, ainda muito mais marcantes. Raios pah, vais ficar com essa marca para toda a vida. Ainda bem que é para toda a vida, dizia ele.
Uvas pah, tu comes muitas uvas.

Não consigo encontrar uma boa razão para aparecerem os grãozinhos de uvas, aos milhares.
Que sonho.
Por isso hoje acordei com a neura.

1 comentário:

BlueShell disse...

Estou triste...

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