Tomei conta de um recado e não o entreguei. Guardei-o para mim e não sei o que fazer dele. Um grande fardo este recado.
E quanto mais tempo passa mais pesado fica o fardo. Do recado.
E o recado anda triste porque nunca tinha visto um recado ficar preso e olha-me com ar de vítima, recusando-se a aceitar as minhas objecções.
Antes mal dado do que assim guardado, afirma ele seguro de si.
Ando aqui a pensar numa solução radical, num meio de satisfazer os anseios próprios de quem é recado. Mas não sei se ele concorda. Ele é um tanto malcriado e, assim arrecadado, pode ficar zangado.
Não queiram ter de lidar com um recado enganado.
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