sábado, 15 de maio de 2004

coisas de nada

Hoje é sábado e a minha filha anda de namoro com um miúdo e a minha mulher foi à missa com o meu “maisnovo”. Eu vim aqui, portanto, e não me apetece nada andar a vasculhar “o que diz blog”.
Tenho para mim que um blog como o meu, pobrezinho, feito por um tipo sem formação e com grandes problemas de afirmação, ressentido e, ainda por cima, com o pequeno estatuto de constar no top 100 do blogómetro, precisa de ser actualizado constantemente. É pois necessário assumir que um blog não vale de nada se não for pertença de um intelectual ou de um fútil. Eu, que não sou uma coisa nem outra, estou, portanto, condenado “a me virar” como puder, doa a quem doer. Raios, e não me apetece nada virar-me para o lado sexual porque entendo que dessas coisas nem ao psiquiatra devo falar. Quero apenas com isto justificar que o que vou contar a seguir aconteceu mesmo e só o vou escarrapachar aqui porque tenho de falar de alguma coisa senão o “share” arde, “vai d’asa”.

(esta coisa do “tenho” começa a fazer-me um efeito de náusea, de tal maneira que por vezes ponho-me a pensar que o melhor será abandonar estas andanças e partir para outra - "tonterias")

Ora bem, vamos lá então ao que me aconteceu: hoje de manha,quando estava a subir um lanço de escadas rolantes do “Gaiashoping”, carregadinho de gente que por ali se passeava, a minha querida mulher, que estava um degrau abaixo do meu, quis repreender-me um comentário menos ortodoxo, sobre um assunto qualquer, e, vai daí, manda-me um topete, suposta e intencionalmente dirigido à minha perna. Só que o topete acertou-me em cheio num dos meus dois testículos -sim, tenho só dois. De modos que dei um grito sofrido, provocado por um esgar de dor terrível (aquela dor que só os homens conhecem ). Na “mouche”. Eu gritei, pois claro, e fiquei de cócoras e jurei que me ia queixar a algum lado ou até mesmo fundar uma associação de vitimas de maus tratos das companheiras.E toda aquela gente a olhar. E eu ali com cara de paixão de cristo.

Façam o favor de saber que já não tinha uma dor daquelas desde os tempos em que jogava futebol com os amigos. Sim, porque a um jovem de 38 anos pede-se que deixe de fazer certas coisas, à cautela. Mas sosseguem os mais novos porque outras actividades surgem, igualmente boas e saudáveis.

E mais façam favor em saber que eu adverti de imediato a minha mulher que, pela noitinha, ela iria "sofrer" de forma contundente as consequencias de tão brusco e infeliz gesto.

Aqui fica, pois, este “relatório de sevicias” à disposição de algum interessado em justificar uma tortura que entretanto apareça. Nem que seja daqui a 20 anos.

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