Como disse ali em baixo, o food-i-do parou. Porque me cansei de uma certa estupidificação blogueira, se me desculpam o termo tão aperaltado. Não há muito que explicar porque facilmente se percebe. Um tipo dá-se conta de que já mete nojo e pronto. Criei o “A Terceira Voz” onde espero continuar a dizer o que me vai na alma.
Aprece por lá, bom amigo, e mostra-te. 1 Abraço.
segunda-feira, 19 de dezembro de 2005
domingo, 18 de dezembro de 2005
pronto
Em Julho de 2003 criei este blog com o objectivo de ter um blog. Penso que consegui. Amanhã voltarei com outros objectivos. Se calhar mais nobres.Se calhar.
sexta-feira, 16 de dezembro de 2005
quem vier morre
O Benfica vai defrontar o Liverpool, actual detentor do título, nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões de futebol.
Os jogos:
Chelsea (ING)-Barcelona (ESP)
Real Madrid (ESP)-Arsenal (ING)
Werder Bremen (ALE)-Juventus (ITA)
Bayern de Munique (ALE)-AC Milan (ITA)
PSV Eindhoven (HOL)-Lyon (FRA)
Ajax (HOL)-Inter de Milão (ITA)
BENFICA (POR)-Liverpool (ING)
Rangers (ESC)-Villarreal (ESP)
Reacções aqui
Os jogos:
Chelsea (ING)-Barcelona (ESP)
Real Madrid (ESP)-Arsenal (ING)
Werder Bremen (ALE)-Juventus (ITA)
Bayern de Munique (ALE)-AC Milan (ITA)
PSV Eindhoven (HOL)-Lyon (FRA)
Ajax (HOL)-Inter de Milão (ITA)
BENFICA (POR)-Liverpool (ING)
Rangers (ESC)-Villarreal (ESP)
Reacções aqui
desabafos
Queridos leitores, ao ler este post do meu inimigo dragão fiquei ainda com mais vontade de escrever o que aqui se segue. Há por aqui uma raça de carraças que me mete nojo. Uns desgraçados que se metem a falar de politica e outras coisas com tanta manteiga e vaselina que até as moscas se perguntam se estarão no paraíso. Um cheiro a cu lambido que destrói tudo o que é ambi pur. E porquê? Porque há de facto gente importante, gente que é importante e ponto final. Depois vêm os outros, e toca a participar no grupo de discussão. Toca a meter colherada de mel, porque como dizia a minha avó, o que é doce nunca amargou. E quem recebe mel aceita. Complacentemente abre o pote e cheira e pensa que é do bom. E lá vem a devolução do pote em forma de link. Toma o pote, seu filho da puta e já sabes, quando aqui voltares ai de ti que tragas fel. E não é que o filho da mãe do culambista volta, e volta com mel?! Do melhor! E mais ainda: fica fodido, o lambedor, se vê algum desgraçado a mandar farpas. Tem medo dos gases, da combustão, porque é tanto o lustre de língua que até faz faísca.
Desculpem o desabrido desabafo mas às vezes, queridos leitores, um gajo perde a paciência e descamba. São tentações que só acontecem aos desgraçados. Jamais uma celebridade cairá em coisa assim. E os espermatozóidezinhos que as seguem, rabeiam por ali sempre à espera de melhor destino do que o frio e desconfortável chão de latrina.
Sim, caro dragão. Há, de facto, uma certa esquerda beata que me mete nojo.
Desculpem o desabrido desabafo mas às vezes, queridos leitores, um gajo perde a paciência e descamba. São tentações que só acontecem aos desgraçados. Jamais uma celebridade cairá em coisa assim. E os espermatozóidezinhos que as seguem, rabeiam por ali sempre à espera de melhor destino do que o frio e desconfortável chão de latrina.
Sim, caro dragão. Há, de facto, uma certa esquerda beata que me mete nojo.
quinta-feira, 15 de dezembro de 2005
mais sentimento
Queridos leitores, não me venham com cenas maradas. Eu sou comunista não filiado e percebo bem que Jerónimo de Sousa jamais poderá chegar a Presidente da República. Não voto nele, como também não votei da outra vez, se é que ainda se lembram do candidato dançarino. Voto Alegre mas isto mexe comigo. Dizem que estou pessimista com este candidato. Mas saibam que oiço tanta coisa, tantos debates e sempre os mesmos a ganhar (isto parece o campeonato de futebol). E depois fico confuso.
Imaginem que ouvi Pacheco Pereira a dizer na “quadratura” e em directo, dirigindo-se a Jorge Coelho, e cito de cor: “disse o que lhe conviu”. CONVIU! Ouviram? Um homem destes a falar assim deixa-me confuso caramba. Nem consegui ver o filme “Mar Adentro” até ao fim. Adormeci! E aquele filme não merece que alma alguma adormeça.
Mas isto é assim. Tantos debates, tanta dialéctica, tácticas, estratégias. E depois anda aí um reclame a um perfume que bota Nina Simone. J’adore!
Quem irá ocupar Belém nos próximos cinco anos, perguntam. E não sabem? Claro que já se sabe. Tudo isto é mais aceleração, maior economia, mais sentimento.
Viva o PCP.
Imaginem que ouvi Pacheco Pereira a dizer na “quadratura” e em directo, dirigindo-se a Jorge Coelho, e cito de cor: “disse o que lhe conviu”. CONVIU! Ouviram? Um homem destes a falar assim deixa-me confuso caramba. Nem consegui ver o filme “Mar Adentro” até ao fim. Adormeci! E aquele filme não merece que alma alguma adormeça.
Mas isto é assim. Tantos debates, tanta dialéctica, tácticas, estratégias. E depois anda aí um reclame a um perfume que bota Nina Simone. J’adore!
Quem irá ocupar Belém nos próximos cinco anos, perguntam. E não sabem? Claro que já se sabe. Tudo isto é mais aceleração, maior economia, mais sentimento.
Viva o PCP.
o que poderia ele ter feito mais pelo meu apoio?
No Água Lisa: "Inevitável. Soares, agora na figura de avô do socialismo português, ralhou com o filho (...)
Aquele post resume de forma quase completa o que se passou no debate entre Soares e Alegre. Quase completa porque faltou dizer que Alegre se deixou repreender, comportou-se como um menino de coro, quase esperto mas pouco fiável, respondendo a todas as questões do "headmaster" e muitas vezes acenando a cabeça.
O velho raposo Mário Soares segue o seu caminho, e no seu caminho não há uvas ruins de tragar: há uvas.
Em resumo, Cavaco tem a coisa ganha enquanto a esquerda se consome a medir as distâncias ao (do) eleitorado.
Pessoalmente, apoio Alegre mas começo a perguntar-me: o que poderia ele ter feito mais pelo meu apoio?
Aquele post resume de forma quase completa o que se passou no debate entre Soares e Alegre. Quase completa porque faltou dizer que Alegre se deixou repreender, comportou-se como um menino de coro, quase esperto mas pouco fiável, respondendo a todas as questões do "headmaster" e muitas vezes acenando a cabeça.
O velho raposo Mário Soares segue o seu caminho, e no seu caminho não há uvas ruins de tragar: há uvas.
Em resumo, Cavaco tem a coisa ganha enquanto a esquerda se consome a medir as distâncias ao (do) eleitorado.
Pessoalmente, apoio Alegre mas começo a perguntar-me: o que poderia ele ter feito mais pelo meu apoio?
quarta-feira, 14 de dezembro de 2005
OLÉ E BLOGANÇO (uma punheta com a mão esquerda) ll
A propósito do debate de ontem entre Jerónimo e Cavaco vou citar um blogger muito famoso que escreveu isto:
Tudo isto é Marco Paulo. Cavaco é Marco Paulo quando toca a mesma música, o mesmo tom e formato: a economia. Jerónimo é Marco Paulo porque "ninguém, ninguém poderá mudar o mundo"
Eu sou Marco Paulo porque tenho "dois amores": M.Alegre e o outro.
a torres ferreira
Tudo isto é Marco Paulo. Cavaco é Marco Paulo quando toca a mesma música, o mesmo tom e formato: a economia. Jerónimo é Marco Paulo porque "ninguém, ninguém poderá mudar o mundo"
Eu sou Marco Paulo porque tenho "dois amores": M.Alegre e o outro.
a torres ferreira
terça-feira, 13 de dezembro de 2005
OLÉ E BLOGANÇO (uma punheta com a mão esquerda)
Hoje vamos ver na Sic (20.45) a Dona Esquerda e a Dona Direita. E como podem ver na imagem, a Esquerda é bem mais charme, tem ideias, inspira e prepara-se. Funciona, está rija e recomenda-se. No lado oposto teremos a Dona Direita cheia de tiques e espartilhada ao máximo. Evidentemente que aqui na imagem a Dona Direita foi apanhada desprevenida.
Bem, assim sendo, logo veremos como estaremos de amores.
E aquele título maluco é só para desenganar o besugo, o Tunes e o Miguel e outros: em actos solitários desta natureza, e de todas as naturezas, uso sempre a canhota.
Bem, assim sendo, logo veremos como estaremos de amores.
E aquele título maluco é só para desenganar o besugo, o Tunes e o Miguel e outros: em actos solitários desta natureza, e de todas as naturezas, uso sempre a canhota.
2005 (um balanço food-i-do e só isso)
Blog do ano: erotismo na cidade
Blogger do ano: dragão do blog dragoscópio
Frase do ano: "para os badalhocos dos anónimos: vão-se lavar, seus borrados!" in brolgue brolguista
Revelação do ano: chez maria
Decepção do ano: letras com garfos
Bolor do ano: afixe
Blogger do ano: dragão do blog dragoscópio
Frase do ano: "para os badalhocos dos anónimos: vão-se lavar, seus borrados!" in brolgue brolguista
Revelação do ano: chez maria
Decepção do ano: letras com garfos
Bolor do ano: afixe
segunda-feira, 12 de dezembro de 2005
há momentos
há momentos na nossa vida em que sentimos uma necessidade de repensar tudo, começar de novo.e o tempo nem parece importar-se com isso. ele passa por nós na mesma. e nós aqui parados.
domingo, 11 de dezembro de 2005
o drama de um comunista a ver Cavaco cavalgar num pónei da festa de Santa Rita em Ermesinde
Detesto Soares e enjoa-me ver Vital Moreira de máquina fotográfica a apontar para o vazio. Desprezo o “desenchimento” de Joana Amaral Dias. Temos de ir, dizia ela a um anónimo cavalheiro. Para ela será sempre um “popular”, um daqueles impertinentes a estragar a fotografia. Temos de ir para onde?
Depois repugna-me o Nelo Vingada, boçal, à espera de sopa. E Medeiros Ferreira, pitagórico, a inventar novas fórmulas, a insistir numa campanha do tipo jogo Sudoku.
Voto Alegre por isso mesmo. Para derrotar Soares e essa guarda pretoriana de espadachins da espada frouxa. Voto Alegre na esperança utópica de que Cavaco não vença tudo já e, em não vencendo tudo já, que não seja esse coirão d’oitenta a levar a esquerda para uma casa de alterne. Não quero isso.
Em termos académicos, se me dissessem que seria Soares a disputar uma segunda volta, então, que ganhe já Cavaco.
Depois repugna-me o Nelo Vingada, boçal, à espera de sopa. E Medeiros Ferreira, pitagórico, a inventar novas fórmulas, a insistir numa campanha do tipo jogo Sudoku.
Voto Alegre por isso mesmo. Para derrotar Soares e essa guarda pretoriana de espadachins da espada frouxa. Voto Alegre na esperança utópica de que Cavaco não vença tudo já e, em não vencendo tudo já, que não seja esse coirão d’oitenta a levar a esquerda para uma casa de alterne. Não quero isso.
Em termos académicos, se me dissessem que seria Soares a disputar uma segunda volta, então, que ganhe já Cavaco.
debates para que vos quero
Eu tenho um problema sempre que me pedem para comentar debates: sou faccioso. Vejo sempre aquilo que os analistas não vêem e fico muito contrariado quando os vejo a pegar em frases com algum “sound-byte” para, a partir dali, fazerem o balanço da vitória “dos deles”. Sim, não me venham com merdas, os analistas políticos são facciosos também. Simplesmente fingem neutralidades obtusas e acabam sempre por ser os mais citados. Do que eles dizem alimenta-se a imprensa e a mente das pobres almas que olham para um debate como se estivessem a ver um filme de Jean Claude Van Demme realizado por Jean Luc Godard. Por isso não vou sequer perder tempo a comentar os debates. Fico-me por uma ou outra achega, como por exemplo afirmar que Jerónimo de Sousa foi grande frente a Mário Soares, como será grande frente a todos os outros. Porquê? Porque ele está ao lado de uma luta constante pela transformação da sociedade. Ele não quer ser PR e não tem necessidade de namorar a puta do chulo ali ao lado.
sábado, 10 de dezembro de 2005
sexta-feira, 9 de dezembro de 2005
just in case
A Fifa cumpriu o que prometera. Criou uma entrada em português no seu site, embora apenas para os conteúdos sobre o Alemanha2006. Uma meia vitória, portanto.
O Francisco deu-me os parabéns pela vitória do SLB. Agradeço.
O besugo faz uma excelente análise à nova novela da TVI. Acrescento que os produtores continuam a desprezar o património imaterial dos sotaques. O Porto merecia a sua marca para além da ribeira e do metro sobre a Ponte Luis I.
Em breve o “2005 ( um balanço food-i-do e só isso)”.
Vou mudar os "comentários" para a Blogger e, assim, será possível mantê-los arquivados e banir os comentadores anónimos.
O Francisco deu-me os parabéns pela vitória do SLB. Agradeço.
O besugo faz uma excelente análise à nova novela da TVI. Acrescento que os produtores continuam a desprezar o património imaterial dos sotaques. O Porto merecia a sua marca para além da ribeira e do metro sobre a Ponte Luis I.
Em breve o “2005 ( um balanço food-i-do e só isso)”.
Vou mudar os "comentários" para a Blogger e, assim, será possível mantê-los arquivados e banir os comentadores anónimos.
quinta-feira, 8 de dezembro de 2005
SLB-MU ( em casa deles)
Quase fui expulso de um pub. Na colónia todos gostam do Man United. Tive que tentar explicar como é que, simultaneamente, os nossos melhores jogadores estavam lesionados, o nosso melhor jogador era o Nelson, e um dos ex-melhores jogadores estava no banco. Agora vou ali forrar as paredes do meu quarto com as primeiras páginas do Guardian e do Times e já volto.
in Elasticidade
in Elasticidade
segunda-feira, 5 de dezembro de 2005
domingo, 4 de dezembro de 2005
o tigre e o dragão
Eu tinha 14 anos, estudava no liceu e adorava a Aliança Povo Unido. Naquele tempo já tudo se fazia para que Soares Carneiro fosse eleito presidente da República mas eu, que não tinha blog, gostava mais de ir ver o Benfica jogar ao Bessa, à tarde, e depois caminhava pelas ruas da Boavista a apreciar os cartazes políticos que inundavam tudo o que era parede. Gostava dos da APU porque me inspiravam um grito de revolta “APu ta que o pariu pá…”. Era pois um tempo de inocências e punhetas, de modo que quando vi um gajo a interromper um programa na RTP a anunciar a morte de Sá Carneiro fiquei inundado por um sentimento de frustração porque não tinha sessenta e tal canais nem a sic nem a sic news e, portanto, levei com música clássica todo o santo resto do dia . No dia seguinte as coisas até melhoraram. Os mais velhos da Escola Secundária De Carvalhos andavam numa roda-viva a distribuir notícias e pesares sobre a morte do estadista e creio bem que até nem houve aulas.
A verdade é que morrera um gajo que eu não gramava. E de quem ainda não continuo a gostar, apesar das estátuas e dos nomes de praças (na Velásquez, por exemplo) e até de aeroportos (ironia mais cabrona não conheço).
Como tenho um blog e é domingo e os putos estão a ver o Tigre e o Dragão na TVI, lembrei-me de falar disto.
Sempre passaram 25 anos sobre a morte de um homem normal que merecia estar entre nós. Não por ser quem foi mas porque apenas morreu puto e de uma morte puta.
A verdade é que morrera um gajo que eu não gramava. E de quem ainda não continuo a gostar, apesar das estátuas e dos nomes de praças (na Velásquez, por exemplo) e até de aeroportos (ironia mais cabrona não conheço).
Como tenho um blog e é domingo e os putos estão a ver o Tigre e o Dragão na TVI, lembrei-me de falar disto.
Sempre passaram 25 anos sobre a morte de um homem normal que merecia estar entre nós. Não por ser quem foi mas porque apenas morreu puto e de uma morte puta.
sábado, 3 de dezembro de 2005
verdadeiro elo
Há dias alguém criou um blog chamando-lhe “ Quando Calhário” uma variável de “diário”, “semanário” ou “hebdomadário”, se quiserem. Nada mais honesto. Um blog é mesmo coisa para se actualizar quando calhar. O que não significa que se descure o respeito pelos respectivos leitores. Um leitor de um blog não conta com edição em hora marcada. Ele espera que, quando calhar, o editor dê seguimento aos assuntos que trata, seja coerente e mantenha uma lógica de continuidade voluntária. Muitos bloggers espetam-nos, a nós leitores, com determinadas matérias, fracturantes muitas delas, e, depois, quando editam de novo (o tal quando calhar) ignoram-nas, passam-lhes convenientemente ao lado. Isso é desprezar os seus próprios leitores, os mesmos que os cumprimentam quando celebram datas festivas, os mesmos que os chamam quando se querem ir embora, os mesmos que, no fundo, são a alma de um blog.
Deveria haver mais consciência sobre isso, e, ao contrário de andarem a contabilizar audiências e números de comentários (coisa horrorosa os comentários) os bloggers deveriam ter em conta que, mesmo quando calhar, há sempre alguém a contar com um fio de ligação, um elo, um verdadeiro e sincero elo.
Deveria haver mais consciência sobre isso, e, ao contrário de andarem a contabilizar audiências e números de comentários (coisa horrorosa os comentários) os bloggers deveriam ter em conta que, mesmo quando calhar, há sempre alguém a contar com um fio de ligação, um elo, um verdadeiro e sincero elo.
neste dia que se celebra qualquer coisa
A sociedade é assim. Ninguém quer saber dos deficientes para nada. Incomodam certamente.
Devo dizer que trabalhei com deficientes durante três anos e a percepção que tenho, embora através de uma das centenas de IPSS’s que grassam neste país, é que se estão todos nas tintas para com os deficientes. O estado limita-se a mandar uns cobres para o associativismo. O associativismo é composto, infelizmente, por pais de deficientes que nada os faria olhar para aquele mundo não fora o caso da desgraça lhes ter trazido um deficiente para dentro de casa.
Ninguém quer saber, passa ao lado. Quase não dá frutos e os que dá estão bem guardados nas mãos sujas de muitos directores dessas instituições, cuja actividade principal consiste em arranjar esquemas para receber subsídios e pagar principescos salários aos directores (não é só no futebol, amigos) enquanto os funcionários (docentes e quadros técnicos fora do ministério da educação) são mal tratados, desconsiderados e têm que se arrastar em volta dos compadrios dos senhores directores, esses bostas que só lá estão porque, como disse, tiveram a desgraça à porta e que não têm preparação alguma para lidarem com a problemática da defici~encia. Mas continuam cruelmente a aglutinar meios para a vidinha apenas e só do filhinho deles. O resto, são números, subsídios e mama.
Por isso, neste dia que se celebra qualquer coisa que tem a ver com a deficiência (não vem nos blogs, nem nas televisões) a minha profunda admiração e sentida homenagem para com todos os técnicos deste país que trabalham horas a fio com pessoas deficientes.
Devo dizer que trabalhei com deficientes durante três anos e a percepção que tenho, embora através de uma das centenas de IPSS’s que grassam neste país, é que se estão todos nas tintas para com os deficientes. O estado limita-se a mandar uns cobres para o associativismo. O associativismo é composto, infelizmente, por pais de deficientes que nada os faria olhar para aquele mundo não fora o caso da desgraça lhes ter trazido um deficiente para dentro de casa.
Ninguém quer saber, passa ao lado. Quase não dá frutos e os que dá estão bem guardados nas mãos sujas de muitos directores dessas instituições, cuja actividade principal consiste em arranjar esquemas para receber subsídios e pagar principescos salários aos directores (não é só no futebol, amigos) enquanto os funcionários (docentes e quadros técnicos fora do ministério da educação) são mal tratados, desconsiderados e têm que se arrastar em volta dos compadrios dos senhores directores, esses bostas que só lá estão porque, como disse, tiveram a desgraça à porta e que não têm preparação alguma para lidarem com a problemática da defici~encia. Mas continuam cruelmente a aglutinar meios para a vidinha apenas e só do filhinho deles. O resto, são números, subsídios e mama.
Por isso, neste dia que se celebra qualquer coisa que tem a ver com a deficiência (não vem nos blogs, nem nas televisões) a minha profunda admiração e sentida homenagem para com todos os técnicos deste país que trabalham horas a fio com pessoas deficientes.
sexta-feira, 2 de dezembro de 2005
bem vistas as coisas
O staff de Cavaco Silva não anda a dormir. Numa altura em que os candidatos são cada vez mais obrigados a falar, mesmo que nada digam de importante para um debate sério, marcar a grande entrevista para a mesma hora do Porto-Sporting foi uma jogada de mestre. Cavaco pode derrapar à vontade porque os eleitores estão noutra onda.
quinta-feira, 1 de dezembro de 2005
a "restauração" V
Um belo dia feriado que levou centenas de portugueses a Espanha, de carteira recheada com o décimo terceiro mês, onde compraram de tudo: joguetes, detergentes, gasolina, tapas, vinos y batatas bravas. Afinal comemoramos o quê?
no profundo
Ouvindo “vintage songs”, Neil Young, Crosby, New Order, Pixies, Led Zepplin, Miles Davis, Mark Lanegan, no meio desta chuvinha insípida, num feriado muito importante da nossa história, da nossa nação (bem sei que isto dos feriados é mais precioso ócio, mantinha estendida sobre as coxas e um ou outro cigarrito nas páginas de uma revista socialyte qualquer - bem sei), e eu com vontade de escrever qualquer coisa mais reivindicativa. Mas oiço agora o belíssimo “since i’ve been loving you” dos Led Zepplin e fico-me por aqui a voar num vintage destes, num zepelim gigante e de sonhos por entre as nuvens da terra e do mar. E vejo o sol, por de entre esta morrinha gelada. Tento chegar-lhe com a mão, ainda que me baste vê-lo para sentir o calor da esperança enquanto a voz, aquela voz aguda e melosa por entre uma guitarra que geme sons de marfim me agita a mente. Submeto-me a uma experiência de quente e frio, sol e chuva, ânsia e temor. Dúvida. Paixão. Querença. Bem querença. Esperança, nem sei. Vivo dias assim e procuro cola-los a um poste sem fios, sem abrigo, sem palavras de amor, sem desenhos de paixão. Um poste desalmadamente frio nesta tarde de Dezembro, de frio, de lástima, de angustia, de medo, de calma, de serenidade. A bateria bate certa e veloz e eu fico pulsando aquele som, vintage, eterno, e o mar ao longe e eu sentado na minha imbecil existência. Na cova da vida. No profundo plástico embalando este gesto.
quarta-feira, 30 de novembro de 2005
Ora bem, assim sendo...
Caro besugo, em primeiro lugar o meu espanto e contentamento pelo facto de neste teu post o link para o meu nome estar a ser mais vezes clicado do que o link dessa figura pública, ex-camarada e prazeroso animal comentadeiro que abomino, Sr. Vital Moreira. Aliás, em primeiro lugar dirijo-me à lolita porque é uma leide e pour cause, tu sabes né? Lolita, eu jamais em caso algum torcerei pelo teu clube, lamento. Olha que sou dos poucos benfiquistas que ficou fodido com o golo do Sabri ao Sporting. Eu só quero ver o Porto a perder, desculpa-me a franqueza. Como podes tu, dragona de vinte anos (antes eras Andrade) contar com apoios de um mourito do Norte? Como podes tu ousar semelhante? Nunca lolita!!
Depois, caro besugo, quero sinceramente que o Sporting se foda - desculpa lá o verbo foleiro. Porque os lagartos são a pior corja que existe à face da terra: quando perdem clamam compreensão e apoios e, em os tendo, acabam por ser mui mal agradecidos quando ganham. E não te perdoo nunca a tua antipatia para com o “slb, slb, slb, glorioso slb”.
Estás marcado, caro amigo lagarto. Marcadíssimo, porque estou-te com um pó do caraças. Conseguiste ultrapassar o Francisco José Viegas, esse dragonzito de papel, de bandeirinhas e bonés azul cueca, de quem ainda espero os merecidos parabéns pelo campeonato ganho trapatonicamente!
Ora bem, assim sendo que percam os dois!
Depois, caro besugo, quero sinceramente que o Sporting se foda - desculpa lá o verbo foleiro. Porque os lagartos são a pior corja que existe à face da terra: quando perdem clamam compreensão e apoios e, em os tendo, acabam por ser mui mal agradecidos quando ganham. E não te perdoo nunca a tua antipatia para com o “slb, slb, slb, glorioso slb”.
Estás marcado, caro amigo lagarto. Marcadíssimo, porque estou-te com um pó do caraças. Conseguiste ultrapassar o Francisco José Viegas, esse dragonzito de papel, de bandeirinhas e bonés azul cueca, de quem ainda espero os merecidos parabéns pelo campeonato ganho trapatonicamente!
Ora bem, assim sendo que percam os dois!
comunicado
Sendo eu agnóstico, e não tendo que justificar tal vocação para as coisas da fé e do espírito, informo a quem interessar (ao governo, por exemplo) que cada vez que há um feriado religioso (católico) eu me sinto agredido na minha condição de cidadão de um estado laico. Rogo portanto (rogo não, exijo) que se acabe com os feriados religiosos.
Evidentemente que conto com o apoio e solidariedade de todos os cidadãos que confessam outras religiões, até mesmo dos ateus, claro, e que devem sentir-se tão afectados como eu devido a esta barbaridade praticada por um estado laico. E por favor não me crucifiquem.
Evidentemente que conto com o apoio e solidariedade de todos os cidadãos que confessam outras religiões, até mesmo dos ateus, claro, e que devem sentir-se tão afectados como eu devido a esta barbaridade praticada por um estado laico. E por favor não me crucifiquem.
hoje de manhâ saí muito cedo
Hoje de manhã saí muito cedo,
Por ter acordado ainda mais cedo
E não ter nada que quisesse fazer...
Não sabia que caminho tomar
Mas o vento soprava forte, varria para um lado,
E segui o caminho para onde o vento me soprava nas costas.
Assim tem sido sempre a minha vida, e
Assim quero que possa ser sempre --
Vou onde o vento me leva e não me
Sinto pensar.
Alberto Caeiro
Por ter acordado ainda mais cedo
E não ter nada que quisesse fazer...
Não sabia que caminho tomar
Mas o vento soprava forte, varria para um lado,
E segui o caminho para onde o vento me soprava nas costas.
Assim tem sido sempre a minha vida, e
Assim quero que possa ser sempre --
Vou onde o vento me leva e não me
Sinto pensar.
Alberto Caeiro
terça-feira, 29 de novembro de 2005
a "restauração" (ou como de espanha vem bom vento)lV
O gran Miro Casabella, unha das máis emblemáticas “Voces Ceibes” (Voces Libres) que axitou a conciencia galeguista durante os estertores do franquismo, gravou en 1977 esta fermosa balada para o seu prmeiro LP, Ti, Galiza.Aquel disco xamais coñeceu edición dixital e hoxe en día é un tesouro de case imposible localización, pero segue ocupando un lugar privilexiado na moi notable colección particular de Bieito Romero. A xovencísima cantante portuguesa Sara Louraço Vidal, un afortunado descubrimento do grupo, é a encargada de recrear xunto con Rosa Cedrón esta melodía con ese regusto infinitamente melancólico do fado.
O meu país/ é verde e neboento
É saudoso e antergo,/ é unha terra e un chan.
O meu país/ labrego e mariñeiro
É un recuncho sin tempo/ que durme nugallán.
Q quece na lareira,/ alo na carballeira
Bota a rir.
E unha folla no vento/ alento e desalento,
O meu país.
O meu país/ tecendo a sua historia,
Muiñeira e corredoira / agocha a sua verdá
O meu país/ sauda ao mar aberto
Escoita o barlovento/ e ponse a camiñar
Cara metas sin nome/ van ringleiras de homes
E sin fin.
Tristes eidos de algures,/ vieiros para ningures,
O meu pais.
O meu país/ nas noites de invernía
Dibuxa a súa agonía/ nun vello en un rapaz.
O meu país/ de lenda e maruxias
Agarda novos días/ marchando de vagar.
Polas corgas i herdanzas
Nasce e morre unha espranza/ no porvir.
E unha folla no vento/ alento e desalento
O meu país.
LETRA: Xoan Manoel Casado
MUSICA: Miro Casabella.
descarregue aqui a amostra em mp3 desta bela canção.
O meu país/ é verde e neboento
É saudoso e antergo,/ é unha terra e un chan.
O meu país/ labrego e mariñeiro
É un recuncho sin tempo/ que durme nugallán.
Q quece na lareira,/ alo na carballeira
Bota a rir.
E unha folla no vento/ alento e desalento,
O meu país.
O meu país/ tecendo a sua historia,
Muiñeira e corredoira / agocha a sua verdá
O meu país/ sauda ao mar aberto
Escoita o barlovento/ e ponse a camiñar
Cara metas sin nome/ van ringleiras de homes
E sin fin.
Tristes eidos de algures,/ vieiros para ningures,
O meu pais.
O meu país/ nas noites de invernía
Dibuxa a súa agonía/ nun vello en un rapaz.
O meu país/ de lenda e maruxias
Agarda novos días/ marchando de vagar.
Polas corgas i herdanzas
Nasce e morre unha espranza/ no porvir.
E unha folla no vento/ alento e desalento
O meu país.
LETRA: Xoan Manoel Casado
MUSICA: Miro Casabella.
descarregue aqui a amostra em mp3 desta bela canção.
segunda-feira, 28 de novembro de 2005
a "restauração" (ou como de espanha vem bom vento) III
"Estou fondamente sorprendido de que o novo goberno queira tender novos lazos co noso viciño e irmán do sul. Pontes que nunca deberon racharse e que mesmo deberiamos ter aprofundado. Como di unha noticia publicada no xornal La Voz de Galicia o ensino do portugués vai ser unha realidade nos centros educativos galegos. Aínda é posíbel recuperar aquilo que a historia se negou en permitirnos." aqui
a "restauração" (ou como de espanha vem bom vento) II
"Escalda-las castañas, con pel e todo, cinco minutos en auga fervendo. Sacalas e pelalas inmediatamente. Cocer xuntas as castañas e unhas patacas cortadas miúdas durante un tempo.
Facer un refrito (cebola, allo, esas cousas…) e botalo xunto. Servir quente.
Variante: botar touciño e chourizo. Nese caso, non empregar refrito.
Este caldo de castañas tómase como almorzo. Eu tomeino como comida este sábado, xusto antes de comer castañas asadas, empanada, unhas frebas de lacón, doces a esgalla e Amandi. Logo, eso sí, botar uns bailes ao feixe e con gaita para baixar a dixestión.
Actualización: o refrito faise con cebola, dous allos e pemento. A cantidade de pataca é o dobre que o de castañas." aqui
Facer un refrito (cebola, allo, esas cousas…) e botalo xunto. Servir quente.
Variante: botar touciño e chourizo. Nese caso, non empregar refrito.
Este caldo de castañas tómase como almorzo. Eu tomeino como comida este sábado, xusto antes de comer castañas asadas, empanada, unhas frebas de lacón, doces a esgalla e Amandi. Logo, eso sí, botar uns bailes ao feixe e con gaita para baixar a dixestión.
Actualización: o refrito faise con cebola, dous allos e pemento. A cantidade de pataca é o dobre que o de castañas." aqui
a "restauração" (ou como de espanha vem bom vento)
"Dicíamos onte (ou algo así), que coméramos en Portugal. O sitio tiña as vistas que podedes apreciar na foto: Marvâo entre néboas, branco e cercado no cumio do monte. Hai un efecto óptico ben peculiar: cando un ve por primeira vez Marvâo, ao saír dunha curva e vindo de Cáceres, aprecianse ben as casas brancas e a muralla. Ao achegarse, deixan de verse as casas e só se ve a muralla, parecera case que imaxinaramos antes a vila que agora non vemos." aqui
remelas de um desesperado numa segunda-feira fria com acordar de vitelo mal morto
- Crucifixos: uma treta de polémica. Caguei para a ideia assim como sei que quase todos os não cristãos se estão a cagar para o assunto. Ninguém morre por ver um crucifixo numa sala de aulas, exceptuando Drácula. Somos um país de influências católicas e, como tal, o crucifixo faz parte dos nossos símbolos. Por muito que isso de retirar os símbolos religiosos seja uma moda francesa, ou o caralho, deixem lá os crucifixos em paz. Ponham também um crescente fértil como fazem com a da cruz vermelha. Tenham pena de Gondomar, capital dos crucifixos em ouro.
- Ota: não seja otário, diga puta que pariu três vezes e se não ficar satisfeito reinicie o desabafo após 5 segundos. Se mesmo assim não ficar melhor, fume um charro.
- Eleições: votar dá saúde, mesmo sem qualquer perspectiva de debate sério. Cague no voto em branco. Vá lá e vote, caralho! E a seguir faça um.
- Restauração: no dia 1 de Dezembro vá à janela e coloque um símbolo espanhol. Pode ser um crucifixo ou uma bandeira do Barcelona. Ou preferem o domínio holandês?
- Natal: puta que pariu o Natal.
- Ota: não seja otário, diga puta que pariu três vezes e se não ficar satisfeito reinicie o desabafo após 5 segundos. Se mesmo assim não ficar melhor, fume um charro.
- Eleições: votar dá saúde, mesmo sem qualquer perspectiva de debate sério. Cague no voto em branco. Vá lá e vote, caralho! E a seguir faça um.
- Restauração: no dia 1 de Dezembro vá à janela e coloque um símbolo espanhol. Pode ser um crucifixo ou uma bandeira do Barcelona. Ou preferem o domínio holandês?
- Natal: puta que pariu o Natal.
um blog
Blog feito por jornalistas da cadeia de televisão Al Jazeera. Vale a pena ver o outro lado das notícias.
domingo, 27 de novembro de 2005
Benfica volta a sofrer do mesmo
Ter um péssimo treinador a orientar a equipa parece não ser o bastante. É necessário um pouco mais. Árbitros cada vez melhor preparados para consubstanciarem aquilo que parece óbvio: o Benfica não será campeão!
Nos últimos quatro jogos internos do Benfica temos tido mais do mesmo: erros grosseiros que prejudicam sistematicamente o Benfica. Do treinador e da arbitragem.
Nos últimos quatro jogos internos do Benfica temos tido mais do mesmo: erros grosseiros que prejudicam sistematicamente o Benfica. Do treinador e da arbitragem.
um post meio mal parido dentro duma manta de retalhos a olhar a miséria de Portugal que somos
Ontem à noite estava muito frio e eu fiquei em casa. Deixei-me estar no sofá a ver dois programas na televisão, ambos na Sic Radical. O SOUTH PARK e o “Homem Elefante” de David Lynch.
Depois ainda tive tempo de ver uma peça jornalística sobre o Aeroporto da Ota (não me lembro em que canal) onde falaram antigos directores de aeroportos – Macau e Lisboa, salvo erro. À medida que ia ouvindo aqueles depoimentos e à medida que via passar um sem número de argumentos contra o projecto, debitados de forma quase equidistante, transparentemente sincera, pensei cá para mim que mais uma vez o país se prepara para resvalar na injustiça cruel de uma decisão que só pode agradar a uns quantos.
Fiquei triste porque o que ali vi não me deixou a mínima dúvida de que alguém anda a comandar a tropa do governo. E eu não digo isto apegado ao bairrismo que obnubila muitos nortenhos. Eu fui a favor da Expo-98 e achei bem que Portugal tivesse construído um sítio na capital que preenchesse a nossa cultura e a nossa dignidade contemporânea (o CCB). Lembro-me muito bem dos acesos debates entre amigos e familiares em que eu era a única voz a favor de tais empreendimentos.
Neste caso tenho de afirmar que sou contra, não por regionalismos, que os há também, mas porque vejo claramente que aquilo não bate certo. E começo a ficar um pouco cansado de acreditar. Começo a ficar um pouco desiludido com as maiorias absolutas e os novos governos. Principalmente quando vejo o primeiro-ministro vir aqui ao Norte inaugurar um lanço de auto-estrada e dizer que está a fazer uma grande revolução no Norte do País e depois verifico que os investimentos vitais para esta região estão a ser castrados em favor, não de Lisboa, como se diz por aqui, mas da finança que por acaso está sedeada na capital. Vejo um país pobre e podre. Vejo um país a transformar-se num feudo só. Vejo uma miséria espiritual imensa sem igual, sem imprensa capaz, sem uma sociedade civil vigorosamente contra tais determinismos, sem oposição, sem interesse. Um despojo.
PS: O Norte Litoral da península, do Douro à Corunha, teve uma derrota na Unesco, como sabem. Esta gente perdeu porque Astúrias protestou muito. Mas esta gente lutou por uma causa, enquanto o nosso governo insiste em ignorar a Galiza, desiste de se ligar à Galiza. O Norte de Portugal e a Galiza estão cada vez mais condenados a estarem unidos. O eixo Madrid-Lisboa continua a ditar as suas leis. Até quando?
Depois ainda tive tempo de ver uma peça jornalística sobre o Aeroporto da Ota (não me lembro em que canal) onde falaram antigos directores de aeroportos – Macau e Lisboa, salvo erro. À medida que ia ouvindo aqueles depoimentos e à medida que via passar um sem número de argumentos contra o projecto, debitados de forma quase equidistante, transparentemente sincera, pensei cá para mim que mais uma vez o país se prepara para resvalar na injustiça cruel de uma decisão que só pode agradar a uns quantos.
Fiquei triste porque o que ali vi não me deixou a mínima dúvida de que alguém anda a comandar a tropa do governo. E eu não digo isto apegado ao bairrismo que obnubila muitos nortenhos. Eu fui a favor da Expo-98 e achei bem que Portugal tivesse construído um sítio na capital que preenchesse a nossa cultura e a nossa dignidade contemporânea (o CCB). Lembro-me muito bem dos acesos debates entre amigos e familiares em que eu era a única voz a favor de tais empreendimentos.
Neste caso tenho de afirmar que sou contra, não por regionalismos, que os há também, mas porque vejo claramente que aquilo não bate certo. E começo a ficar um pouco cansado de acreditar. Começo a ficar um pouco desiludido com as maiorias absolutas e os novos governos. Principalmente quando vejo o primeiro-ministro vir aqui ao Norte inaugurar um lanço de auto-estrada e dizer que está a fazer uma grande revolução no Norte do País e depois verifico que os investimentos vitais para esta região estão a ser castrados em favor, não de Lisboa, como se diz por aqui, mas da finança que por acaso está sedeada na capital. Vejo um país pobre e podre. Vejo um país a transformar-se num feudo só. Vejo uma miséria espiritual imensa sem igual, sem imprensa capaz, sem uma sociedade civil vigorosamente contra tais determinismos, sem oposição, sem interesse. Um despojo.
PS: O Norte Litoral da península, do Douro à Corunha, teve uma derrota na Unesco, como sabem. Esta gente perdeu porque Astúrias protestou muito. Mas esta gente lutou por uma causa, enquanto o nosso governo insiste em ignorar a Galiza, desiste de se ligar à Galiza. O Norte de Portugal e a Galiza estão cada vez mais condenados a estarem unidos. O eixo Madrid-Lisboa continua a ditar as suas leis. Até quando?
quinta-feira, 24 de novembro de 2005
"Mais de metade dos que se declaram eleitores de Manuel Alegre na 1ª volta acham que Soares é o candidato que pode obter melhores resultados perante Cavaco Silva."
De sondagens eu não percebo nada. Mas parece que andaram a perguntar aos eleitores de Manuel Alegre coisas interessantes. E parece que estamos perante uma evidência futebolística: um adepto do Braga acha que o Porto tem mais hipótese de derrotar o Benfica. É Normal. O problema é que o Braga defrontou o Benfica e ganhou e o Porto perdeu. Portanto, e no caso de MA conseguir uma segunda volta, o combate face to face com Cavaco será um jogo de tripla. Ninguém tenha dúvidas disso.
De sondagens eu não percebo nada. Mas parece que andaram a perguntar aos eleitores de Manuel Alegre coisas interessantes. E parece que estamos perante uma evidência futebolística: um adepto do Braga acha que o Porto tem mais hipótese de derrotar o Benfica. É Normal. O problema é que o Braga defrontou o Benfica e ganhou e o Porto perdeu. Portanto, e no caso de MA conseguir uma segunda volta, o combate face to face com Cavaco será um jogo de tripla. Ninguém tenha dúvidas disso.
regenerar tradições
O que um tem a mais o outro tem a menos. Se um vocifera inglesismos, já o outro arruma-se em latinismos. Se o primeiro tem a mania de que é um general sem medo, o outro é a coisa mais caguinchas que eu já vi. Ambos conseguiram colocar as suas equipas no último lugar dos seus grupos, sendo que, apesar disso, mantêm os respectivos fervorosos adeptos a sonhar com a qualificação.
São treinadores holandeses. Uns tipos que revitalizaram uma das principais tradições do futebol português: fazer contas de cabeça até ao último segundo.
São treinadores holandeses. Uns tipos que revitalizaram uma das principais tradições do futebol português: fazer contas de cabeça até ao último segundo.
quarta-feira, 23 de novembro de 2005
Eu não quero Cavaco como PR, muito menos Soares a disputar uma segunda volta.
De acordo com esta sondagem Cavaco será eleito Presidente da República já na primeira volta.
Compete aos eleitores de esquerda reverem muito bem o seu sentido de voto e perguntarem-se se, afinal, não será já altura de elegerem Manuel Alegre como o homem capaz de aglutinar a Esquerda rumo a um digno confronto com a Direita que se revê integralmente na candidatura de Cavaco.
Porque quanto mais se vê o triste espectáculo de Mário Soares na televisão, mais Cavaco sobe nas sondagens.
Compete aos eleitores de esquerda reverem muito bem o seu sentido de voto e perguntarem-se se, afinal, não será já altura de elegerem Manuel Alegre como o homem capaz de aglutinar a Esquerda rumo a um digno confronto com a Direita que se revê integralmente na candidatura de Cavaco.
Porque quanto mais se vê o triste espectáculo de Mário Soares na televisão, mais Cavaco sobe nas sondagens.
Paris Lisboa (ein film von Ronald Koeman)
Disseram-lhes que iriam jogar em casa e, contudo, tiveram que vestir o fato oficial, apanhar um avião, e perder a novela “América”. Depois disseram-lhes que estariam lá 40.000 adeptos a apoiar o clube e só ouviam “Portugal, Portugal”. Além disso fazia um frio de rachar e o relvado estava um pouco melhor do que o de Lisboa. Para terminar fizeram entrar um marroquino que os assustou ainda mais: um olho na bola e outro na garagem. Ah, mas os carros ficaram em Lisboa…(Corta!)
terça-feira, 22 de novembro de 2005
isto sim, é um blog "tomático"
tudo vale a pena quando a guela não é pequena
Hoje acordei com a notícia de que Portugal está a ficar cada vez mais velho. Mais vinte anos e isto é só velhotes. Hoje em dia já só há uma criança por cada mulher.
Vá lá, façam filhos que vale a pena, apesar disto.
Vá lá, façam filhos que vale a pena, apesar disto.
segunda-feira, 21 de novembro de 2005
gandratrip
O meu querido amigo Fernando Gandra começa hoje uma viagem pela Europa durante cerca de 10 dias, acompanhado de uma jornalista da RDP Internacional. A ideia é fazer uma reportagem sobre a vida de um camionista TIR. Claro está que o meu amigo não faz o estilo grunho que caracteriza a imagem que a malta tem dos nossos camionistas. Ele é jovem, bem disposto e sabe dizer umas coisas. Fazer também sabe, essa é que é essa! É na RDP Internacional e espero que o blog do Fernando nos mantenha informados sobre os mais rocambolescos episódios do dia a dia de uma camionista.
Momento musical (para uma semana em cheio)
Talking Heads - Once in a Lifetime
Led Zepplin - Ten Years Gone
The Pogues - If I Should Fall From Grace With God
Nine Inch Nails - Wish
Jimi Hendrix - Red House
creditos:
mp3: www.salientminds.com/topten/
imagem: www.afundasao.com
domingo, 20 de novembro de 2005
obrigado raparigas
Agradecer ao gajedo da Martini, à Martini, ao importador da Martini por andarem a abastecer de biancos e rossos toda a gente que tem passado na Exponor durante a Campisport 2005. Num sítio onde tudo se vende, com restaurantes e tendinhas a vender de tudo, com stands de panelas, de aspiradores, de sandes de presunto, etc., as miúdas da Martini brilham a grande altura. Num sítio onde os restaurantes de apoio chulam a bom chular os visitantes que pagam cinco euros só para entrar na feira a Martini fez a diferença. Obrigado Martini.
sábado, 19 de novembro de 2005
post às cegas
Quer dizer, um gajo passa o santo dia a trabalhar numa “exponor” repleta de curiosos, tesos mais tesos que um pénis dum preto matumbino, daqueles que aparecem nos vídeos hard core, a mesma música merdosa, o estafado lamiré para ganhar o pão, que um pobre desalmado tem de se sujeitar a tudo, e o Benfica prega-me uma destas? Alias, o Benfica não. O Koeman. Esse gajo laranjinha laranjada caga-se todo depois de se achar a ganhar? Até o meu filho percebeu isso. Medo, muito medo!
Não corram com ele, não, e depois peçam sacrifícios aos sócios e simpatizantes. E depois queixem-se dos árbitros e tal. Puta que pariu a incompetência. Um gajo farta-se de esgalhar o pessegueiro a fazer pela vida e depois tem de gramar com a praga de "Orange". Essa maldita gripe de cagufe...
Tou possesso!
Não corram com ele, não, e depois peçam sacrifícios aos sócios e simpatizantes. E depois queixem-se dos árbitros e tal. Puta que pariu a incompetência. Um gajo farta-se de esgalhar o pessegueiro a fazer pela vida e depois tem de gramar com a praga de "Orange". Essa maldita gripe de cagufe...
Tou possesso!
um post chunga ou uma memória duma professora de sociologia que ficava doente sempre que havia “Rally de Portugal”
Os professores fizeram uma greve e o meu “maisnovo” ficou feliz.
Os professores devem ter boas razões para a greve, que eu, comunista marxista-leninista, bem defendo as greves. E eles devem ter boas razões para uma boa greve à sexta-feira, um dia útil para tantas coisas.
Delícia para o meu rapaz que brincou o dia todo, mesmo sem perceber bem porquê:
- Cheguei à escola e nem entrei. Voltei para casa e brinquei o dia todo. Ao menos, quando foram as eleições eles avisaram que não ia haver aulas.
Pois foi. Mas greve é greve. Os professores têm lá as suas razões. Como quando metem atestados por dá cá aquela palha; como quando tratam a pedagogia como trolha trata a talocha.
Os professores devem ter boas razões para a greve, que eu, comunista marxista-leninista, bem defendo as greves. E eles devem ter boas razões para uma boa greve à sexta-feira, um dia útil para tantas coisas.
Delícia para o meu rapaz que brincou o dia todo, mesmo sem perceber bem porquê:
- Cheguei à escola e nem entrei. Voltei para casa e brinquei o dia todo. Ao menos, quando foram as eleições eles avisaram que não ia haver aulas.
Pois foi. Mas greve é greve. Os professores têm lá as suas razões. Como quando metem atestados por dá cá aquela palha; como quando tratam a pedagogia como trolha trata a talocha.
sexta-feira, 18 de novembro de 2005
quarta-feira, 16 de novembro de 2005
história minimalista ou nem tanto
Era uma vez um rapaz que perguntou a uma rapariga:
– Queres casar comigo?
Ela respondeu:
- Não. Não quero casar, apenas foder alarvemente. E nada de filhos, muito menos rapaz: põe cueca tira cueca põe cueca tira cueca...
Tenho uma carreira, uma profissão, e chego tarde a casa. Não te quero à minha espera a engordar. Masturbavas-te muito e isso faz-me ciúmes.
– Queres casar comigo?
Ela respondeu:
- Não. Não quero casar, apenas foder alarvemente. E nada de filhos, muito menos rapaz: põe cueca tira cueca põe cueca tira cueca...
Tenho uma carreira, uma profissão, e chego tarde a casa. Não te quero à minha espera a engordar. Masturbavas-te muito e isso faz-me ciúmes.
segunda-feira, 14 de novembro de 2005
Movimento para a Independência dos Carvalhos
A Rádio Renascença vai apresentar uma peça jornalística (possivelmente já no noticiário do meio-dia de amanhã) sobre as intenções do Governo no que toca à criação de novas freguesias e extinção de outras que não apresentam requisitos necessários para o serem. Ora, Carvalhos, que já é Vila mas permanece, contudo, engavetado na freguesia de Pedroso tem, desde sempre, todos os requisitos necessários à sua promoção a freguesia.
Sabendo nós que Carvalhos só poderá continuar a crescer de modo justo e harmonioso se cortar o cordão umbilical que o liga a Pedroso, para que, assim, possa ter voz própria junto dos organismos de poder (local e central) e possa, de facto, decidir com as suas gentes qual o futuro para a povoação; sabendo nós que há uma nova geração de carvalhenses disposta a encontrar uma plataforma de diálogo com o objectivo de se elevar esta povoação a freguesia; sabendo nós do interesse da imprensa em contribuir para uma reflexão séria e honesta sobre esta questão, é com muita honra que o MIC se fará ouvir no programa noticioso que a Rádio Renascença colocará no ar amanhã.
Sabendo nós que Carvalhos só poderá continuar a crescer de modo justo e harmonioso se cortar o cordão umbilical que o liga a Pedroso, para que, assim, possa ter voz própria junto dos organismos de poder (local e central) e possa, de facto, decidir com as suas gentes qual o futuro para a povoação; sabendo nós que há uma nova geração de carvalhenses disposta a encontrar uma plataforma de diálogo com o objectivo de se elevar esta povoação a freguesia; sabendo nós do interesse da imprensa em contribuir para uma reflexão séria e honesta sobre esta questão, é com muita honra que o MIC se fará ouvir no programa noticioso que a Rádio Renascença colocará no ar amanhã.
domingo, 13 de novembro de 2005
cubo mágico
Vi no 24 horas de hoje uma treta sobre brinquedos de algumas celebridades. Joana Amaral Dias falou no cubo mágico. Eu sou dos que se passaram com aquele quebra-cabeças.
sexta-feira, 11 de novembro de 2005
blogas?
Segundo o “24 Horas” Cavaco Silva também lê blogs. O homem está na linha da frente no que diz respeito à modernidade. Falta saber se Soares, que continua a usar e abusar da “televisão mente descaradamente”, também se ocupa da leitura de blogs ou se remete essa tarefa para os seus meninos de coro.
querido diário ou um post de gaja
Querido Diário...Primeiro Dia:
Já estou preparada para fazer este maravilhoso Cruzeiro. Estou excitada!!
Querido Diário...Segundo Dia:
Estivemos todo dia navegando pelo mar. Foi lindo e vi alguns golfinhos e
baleias! Que férias maravilhosas !! Hoje encontrei-me com o
Capitão, que por sinal é um belo homem!
Querido diário...Terceiro Dia:
Hoje estive na piscina. Fiz também um pouco de surf e joguei um pouco de
golfe. O Capitão convidou-me para jantar. Foi uma honra e a
noite foi maravilhosa.Ele é uma homem muito atraente e culto.
Querido diário...Quarto Dia:
Fui ao Casino do navio! Tive muita sorte, pois ganhei € 80. O Capitão
convidou-me para jantar com ele no seu camarote. A ceia foi luxuosa com caviar e champanhe. Depois de comermos ele perguntou se eu ficaria na sua cabine, mas eu recusei o convite. Disse-lhe que não queria ser infiel ao meu marido.
Querido diário...Quinto Dia:
Hoje voltei à piscina para me queimar um pouco. Depois, decidi ir ao Piano
Bar e passar ali o resto do dia. O Capitão viu-me e convidou-me para tomar
um aperitivo. Realmente ele é um homem encantador. Perguntou-me de novo se
eu queria visitá-lo no seu camarote naquela noite. Disse-lhe que não!
Então ele falou que se eu continuasse a responder não, ele iria afundar o
navio! Fiquei aterrorizada!
Querido diário...sexto dia:
Hoje salvei 1600 pessoas... duas vezes!!!!!
Já estou preparada para fazer este maravilhoso Cruzeiro. Estou excitada!!
Querido Diário...Segundo Dia:
Estivemos todo dia navegando pelo mar. Foi lindo e vi alguns golfinhos e
baleias! Que férias maravilhosas !! Hoje encontrei-me com o
Capitão, que por sinal é um belo homem!
Querido diário...Terceiro Dia:
Hoje estive na piscina. Fiz também um pouco de surf e joguei um pouco de
golfe. O Capitão convidou-me para jantar. Foi uma honra e a
noite foi maravilhosa.Ele é uma homem muito atraente e culto.
Querido diário...Quarto Dia:
Fui ao Casino do navio! Tive muita sorte, pois ganhei € 80. O Capitão
convidou-me para jantar com ele no seu camarote. A ceia foi luxuosa com caviar e champanhe. Depois de comermos ele perguntou se eu ficaria na sua cabine, mas eu recusei o convite. Disse-lhe que não queria ser infiel ao meu marido.
Querido diário...Quinto Dia:
Hoje voltei à piscina para me queimar um pouco. Depois, decidi ir ao Piano
Bar e passar ali o resto do dia. O Capitão viu-me e convidou-me para tomar
um aperitivo. Realmente ele é um homem encantador. Perguntou-me de novo se
eu queria visitá-lo no seu camarote naquela noite. Disse-lhe que não!
Então ele falou que se eu continuasse a responder não, ele iria afundar o
navio! Fiquei aterrorizada!
Querido diário...sexto dia:
Hoje salvei 1600 pessoas... duas vezes!!!!!
underground
Hoje é sexta-feira e o mundo está bonito. Acabei de acordar e da minha janela vejo um brilho...
Foda-se! Não é nada disto que eu quero dizer. Aliás não tenho nada para dizer. O dia está bonito. E isso que importa? O dia está igual aos outros dias. Nem mais nem menos.
Adenda: acabei de tomar banho e descobri a resposta para todas as coisas que me inquietam: a frequência donde morava a "Rádio Voxx" passou a albergar a "Rádio Cidade". E eu deixei-me ficar a ouvir a mesma frequência. Socorro!
Foda-se! Não é nada disto que eu quero dizer. Aliás não tenho nada para dizer. O dia está bonito. E isso que importa? O dia está igual aos outros dias. Nem mais nem menos.
Adenda: acabei de tomar banho e descobri a resposta para todas as coisas que me inquietam: a frequência donde morava a "Rádio Voxx" passou a albergar a "Rádio Cidade". E eu deixei-me ficar a ouvir a mesma frequência. Socorro!
quinta-feira, 10 de novembro de 2005
quarta-feira, 9 de novembro de 2005
contribuição para a educação sexual
- Avô, você ainda faz sexo com a avó?
- Sim, mas apenas oral.
- O que é sexo oral?
- Eu digo "Foda-se", e a avó responde "Vái-te foder também."
- Sim, mas apenas oral.
- O que é sexo oral?
- Eu digo "Foda-se", e a avó responde "Vái-te foder também."
terça-feira, 8 de novembro de 2005
as nossas guerras ou uma homenagem a todos os "esquecidos"
É este o olhar de milhares de jovens que deixaram a escola, como sempre se deixou, e correram para o ferro. Deixam a lavoura dos pais, o gado e a pesada charrua para “puxar ferro até morrer”. Esta frase é pura e corre de boca em boca, lá longe, em Espanha, onde o olhar se fixa no horizonte, na pátria, na prestação do carro, na renda da casa, nos pais ou filhos, na saudade.
É a pausa, breve pausa. O descanso dos guerreiros, autênticos. Dos que têm de ser duros, horas a fio. Muitas horas! Tantas horas. Doze ou dezasseis, tanto faz. Horas e ferro, ferro e horas.
É o “porro” que apetece. Que esquece e aquece as almas feridas da dor, da porra do desterro, da escravidão.
É o sorriso que fica, teimoso. A nobre arte de sorrir no ferro. O escudo mais belo que protege da dor.
É a viagem a correr. Centenas de quilómetros rumo a casa.
- Qual o perigo se deixámos para trás o ferro, as alturas, as “pantallas”? “Alante” que tenho gente em casa. Só quero chegar a casa.
É o monstro que fica.
Em pé. Dorme enquanto espera. Para tudo recomeçar amanhã.
Se estivermos vivos...
É a pausa, breve pausa. O descanso dos guerreiros, autênticos. Dos que têm de ser duros, horas a fio. Muitas horas! Tantas horas. Doze ou dezasseis, tanto faz. Horas e ferro, ferro e horas.
É o “porro” que apetece. Que esquece e aquece as almas feridas da dor, da porra do desterro, da escravidão.
É o sorriso que fica, teimoso. A nobre arte de sorrir no ferro. O escudo mais belo que protege da dor.
É a viagem a correr. Centenas de quilómetros rumo a casa.
- Qual o perigo se deixámos para trás o ferro, as alturas, as “pantallas”? “Alante” que tenho gente em casa. Só quero chegar a casa.
É o monstro que fica.
Em pé. Dorme enquanto espera. Para tudo recomeçar amanhã.
Se estivermos vivos...
a questão dos Carvalhos ll
Aqui se reproduz um extenso comentário de um leitor carvalhense, aliás anti-carvalhense, ao meu post "a questão dos Carvalhos". Na minha opinião este texto não passa de mais um arrazoado emocional que faz lembrar a velha questão de D. Afonso Henriques com sua mãe e que tal filho desnaturado, o mariola, apenas conseguiu fundar Portugal, que, bem vistas as coisas, foi também filho desnaturado que saiu do útero da mãe Espanha, embora a mãe ainda não estivesse em idade de procriar. Voltando à questão dos Carvalhos, devo dizer que o caso nos merece a melhor das atenções e recomendo possa ser comentado com elevação e sentido de missão. Há muita padralada aqui no meio, bem sabeis. E pode ser que o campanário do novo santuário, aqui bem defronte à minha porta, se resolva a uma revolta espampanante.
Comentário de "M":
Carvalhos...! Cidade? Por alma de quem? Dos fundibulários antitavares?
Sejamos claros!
Carvalhos, antes de sonhar ser o que hoje presume,era um simples lugar de Pedroso,cujo seio sempre generoso o proveu de engenho e arte,tal qual, mãe estremosa por seus estremecidos filhos.
À mãe Pedroso cresceu-lhe a criatura,impante no trato e soberba no olhar.Continuava contudo esta a nutrir-se no úbere farto daquela já cansada.Que,apesar do ferrete da ingratidão marcado na honesta fronte,nunca lhe negou guarida em tempos difíceis.Filho era,filho é.
Mas eis que tempos em que medram oportunistas,estes lhe inquinam o sangue e arregimentam Carvalhos para uma batalha segregacionista contra a mãe! Contra quem lhe deu voz. Lhe deu coração. E audácia também!
A mãe Pedroso - uma das maiores freguesias do concelho de Vila Nova de Gaia - é confrontada com a hipótese de lhe amputarem um membro.O seu mais valioso membro! O membro no qual tinha depositadas todas as esperanças de afirmação como terra ilustre de um dos maiores concelhos do País.
Chora lavada em lágrimas.Lágrimas de perdão.
Perdão que Pedroso consegue transformar em positiva reacção contra tal desmando.
O seu filho Carvalhos pretende ver Pedroso,sua mãe, de trapos a mendigar as migalhas da sua mesa de fidalgote esperto mas sem escrúpulos. "Tá velha, coitada. A minha " cota " já não aguenta a artrose, assim pensa o mariola!
Mas Pedroso acorda. Do estupor materno.Arrumado o saco das lágrimas a velha matrona mexe-se e mercê da telúrica força com que é dotada, mais uma vez mostra ao seu filho Carvalhos, que não foi por acaso, que foi escolhida para ser sua Mãe.
A freguesia de Pedroso consegue ser Vila. Consegue mostrar aos Carvalhos que ainda é capaz de lhe dobrar a cerviz.
E desta vez com um par de açoites.
Meu caro amigo, desculpe lá esta incursão, mas não pude deixar de lhe responder. É que Pedroso é terra cujo Mosteiro data de antes da nacionalidade. E não deve ser levianamente que se toma partido por qualquer das facções em presença no diferendo artificialmente criado por uns senhores que dos Carvalhos acham dever fazer bandeira contra a terra imensa de Pedroso só porque deixou, como mãe ingénua,que determinados serviços ficassem no pequenino lugar dos Carvalhos - habilmente elevado a Vila!
O desprezo indevido paga-se caro!E é tempo de Carvalhos glutão começar a aprender aquilo que, prepotentemente,pretende ensinar a outros.Equidade.Urbanidade.Lisura!
Também deverão aprender que o progresso numa qualquer terra não se compadece com decisões de capelinhas.Como durante muito tempo foi o trabalho político nos Carvalhos.Que apenas e só se preocupava em somar serviços e benfeitorias no seu pequeno rincão.
Para mais tarde, com substância poder reclamar prevalência de vila. E foi assim que construiram o monstro de betão onde o amigo habita.
Mais um aprofundamento de tal política de edificação para os Carvalhos, e outros serviços considerados necessários teriam de ser implantados ou em cima do próprio colégio,ou em cima do seminário ou até mesmo em cima do monstro que o caro amigo habita.Tal tem sido de há uns bons tempos a esta parte a toleima pela construção no sítio Carvalhos.Numa clara manifestação de desprezo acintoso para com a vastíssima área de Pedroso.
Que explicações razoáveis as gentes dos Carvalhos conseguem arrumar para justificar tais afrontas?Afrontas ao património de uma terra cuja produção agrícola, os que agora a desdenham, souberam aproveitar para logo logo a desprezarem como inútil para servir os seus matricidas propósitos.
Mercê de esforço aturado e de vontade esclarecida, Pedroso, hoje, não só é Vila, mas também Freguesia a que Carvalhos pertence por inteiro.
E não nos refugiemos em preciosismos de linguagem administrativa na ânsia de sobrepujar este ou aquele pormenor
de classificação.
Pedroso é terra grada! E não é em vão que se orgulha de manter um dos mosteiros mais antigos da Europa.Data de antes da nacionalidade o Mosteiro de Pedroso,como acima ficou dito.Tem mais de 1000 anos o dito!
Pretender subtrair-lhe o prestígio conseguido pela força e querer das suas gentes ao longo de quase dez séculos,constitui um roubo.Um roubo perpetrado por um dos seus mais dilectos filhos!
Que consumido por vãs glórias acabará por reconhecer o erro de percurso. Concluir-se-à que tudo não passou de mera dor de crescimento.
E com a sabedoria que o tempo concede, quero crer que as facções baixarão as armas.
Carvalhos,sim é Vila. Mas é uma Vila pertença da Freguesia de Pedroso.Cuja excelência de gentes e de valores também mereceram a elevação a Vila.
Uma Vila por cujo progresso se deverá trabalhar por forma a,no plano de criação de novas centralidades a sul de Vila Nova de Gaia, conseguir-se a sua elevação a concelho.
Porque Carvalhos assim o quer! Porque Pedroso com a força do filho reconciliado assim exige! Porque as gentes da banda de cá precisam de Pedroso à cabeça de uma grande região!
A terminar quero deixar dito que fui aluno do Colégio Internato dos Carvalhos cerca de 8 anos.Pedrosense embora, descobri os primeiros pelos na cara, nos Carvalhos onde vivi por quase 15 anos.Onde fiz amigos e outros.Sei do que falo.Melhor!Do que escrevo!
Comentário de "M":
Carvalhos...! Cidade? Por alma de quem? Dos fundibulários antitavares?
Sejamos claros!
Carvalhos, antes de sonhar ser o que hoje presume,era um simples lugar de Pedroso,cujo seio sempre generoso o proveu de engenho e arte,tal qual, mãe estremosa por seus estremecidos filhos.
À mãe Pedroso cresceu-lhe a criatura,impante no trato e soberba no olhar.Continuava contudo esta a nutrir-se no úbere farto daquela já cansada.Que,apesar do ferrete da ingratidão marcado na honesta fronte,nunca lhe negou guarida em tempos difíceis.Filho era,filho é.
Mas eis que tempos em que medram oportunistas,estes lhe inquinam o sangue e arregimentam Carvalhos para uma batalha segregacionista contra a mãe! Contra quem lhe deu voz. Lhe deu coração. E audácia também!
A mãe Pedroso - uma das maiores freguesias do concelho de Vila Nova de Gaia - é confrontada com a hipótese de lhe amputarem um membro.O seu mais valioso membro! O membro no qual tinha depositadas todas as esperanças de afirmação como terra ilustre de um dos maiores concelhos do País.
Chora lavada em lágrimas.Lágrimas de perdão.
Perdão que Pedroso consegue transformar em positiva reacção contra tal desmando.
O seu filho Carvalhos pretende ver Pedroso,sua mãe, de trapos a mendigar as migalhas da sua mesa de fidalgote esperto mas sem escrúpulos. "Tá velha, coitada. A minha " cota " já não aguenta a artrose, assim pensa o mariola!
Mas Pedroso acorda. Do estupor materno.Arrumado o saco das lágrimas a velha matrona mexe-se e mercê da telúrica força com que é dotada, mais uma vez mostra ao seu filho Carvalhos, que não foi por acaso, que foi escolhida para ser sua Mãe.
A freguesia de Pedroso consegue ser Vila. Consegue mostrar aos Carvalhos que ainda é capaz de lhe dobrar a cerviz.
E desta vez com um par de açoites.
Meu caro amigo, desculpe lá esta incursão, mas não pude deixar de lhe responder. É que Pedroso é terra cujo Mosteiro data de antes da nacionalidade. E não deve ser levianamente que se toma partido por qualquer das facções em presença no diferendo artificialmente criado por uns senhores que dos Carvalhos acham dever fazer bandeira contra a terra imensa de Pedroso só porque deixou, como mãe ingénua,que determinados serviços ficassem no pequenino lugar dos Carvalhos - habilmente elevado a Vila!
O desprezo indevido paga-se caro!E é tempo de Carvalhos glutão começar a aprender aquilo que, prepotentemente,pretende ensinar a outros.Equidade.Urbanidade.Lisura!
Também deverão aprender que o progresso numa qualquer terra não se compadece com decisões de capelinhas.Como durante muito tempo foi o trabalho político nos Carvalhos.Que apenas e só se preocupava em somar serviços e benfeitorias no seu pequeno rincão.
Para mais tarde, com substância poder reclamar prevalência de vila. E foi assim que construiram o monstro de betão onde o amigo habita.
Mais um aprofundamento de tal política de edificação para os Carvalhos, e outros serviços considerados necessários teriam de ser implantados ou em cima do próprio colégio,ou em cima do seminário ou até mesmo em cima do monstro que o caro amigo habita.Tal tem sido de há uns bons tempos a esta parte a toleima pela construção no sítio Carvalhos.Numa clara manifestação de desprezo acintoso para com a vastíssima área de Pedroso.
Que explicações razoáveis as gentes dos Carvalhos conseguem arrumar para justificar tais afrontas?Afrontas ao património de uma terra cuja produção agrícola, os que agora a desdenham, souberam aproveitar para logo logo a desprezarem como inútil para servir os seus matricidas propósitos.
Mercê de esforço aturado e de vontade esclarecida, Pedroso, hoje, não só é Vila, mas também Freguesia a que Carvalhos pertence por inteiro.
E não nos refugiemos em preciosismos de linguagem administrativa na ânsia de sobrepujar este ou aquele pormenor
de classificação.
Pedroso é terra grada! E não é em vão que se orgulha de manter um dos mosteiros mais antigos da Europa.Data de antes da nacionalidade o Mosteiro de Pedroso,como acima ficou dito.Tem mais de 1000 anos o dito!
Pretender subtrair-lhe o prestígio conseguido pela força e querer das suas gentes ao longo de quase dez séculos,constitui um roubo.Um roubo perpetrado por um dos seus mais dilectos filhos!
Que consumido por vãs glórias acabará por reconhecer o erro de percurso. Concluir-se-à que tudo não passou de mera dor de crescimento.
E com a sabedoria que o tempo concede, quero crer que as facções baixarão as armas.
Carvalhos,sim é Vila. Mas é uma Vila pertença da Freguesia de Pedroso.Cuja excelência de gentes e de valores também mereceram a elevação a Vila.
Uma Vila por cujo progresso se deverá trabalhar por forma a,no plano de criação de novas centralidades a sul de Vila Nova de Gaia, conseguir-se a sua elevação a concelho.
Porque Carvalhos assim o quer! Porque Pedroso com a força do filho reconciliado assim exige! Porque as gentes da banda de cá precisam de Pedroso à cabeça de uma grande região!
A terminar quero deixar dito que fui aluno do Colégio Internato dos Carvalhos cerca de 8 anos.Pedrosense embora, descobri os primeiros pelos na cara, nos Carvalhos onde vivi por quase 15 anos.Onde fiz amigos e outros.Sei do que falo.Melhor!Do que escrevo!
domingo, 6 de novembro de 2005
laranja amarga em época de diospiros
O Benfica não conseguiu melhor do que um empate frente ao Rio Ave de António Sousa, um senhor treinador esquecido dos grandes clubes que gastam fortunas em treinadores estrangeiros de segunda linha. E teve sorte o Benfica. Se na pretérita jornada sofreu um golo fora de jogo (não era um metro mas era fora de jogo) já hoje voltou a sofrer golo idêntico (não era um metro, eram dois). Mau grado este infortúnio, alguém pode perguntar a Ronald Koeman como é possível insistir em João Pereira e em Karagounis? Principalmente no primeiro, já que este alfacinha de Casal Ventoso não consegue fazer um passe em modo, nem sequer uma finta para disfarçar. Nada.
Por outro lado, este treinador parece o Couceiro: encosta-se à cobertura do banco de suplentes e ali fica, impávido e sereno à espera de milagres. Crente.
Por outro lado, este treinador parece o Couceiro: encosta-se à cobertura do banco de suplentes e ali fica, impávido e sereno à espera de milagres. Crente.
é preciso gritar muito alto para que Portugal não volte a ficar mudo
É a resposta de uma juventude que se sente marginalizada, discriminada, remetida para guetos de cimento e, muitas vezes, tratada de forma diferente só por uma questão de preconceito rácico. (excerto de uma peça jornalística difundida na RTP)
J Pacheco Pereira diz que paga impostos e, portanto, preferia ter visto outro tipo de jornalismo na televisão do estado. Pois eu concordo plenamente com o que é dito ali em cima. É uma resposta sim senhor. Trata-se de marginalização sim senhor, de discriminação, de racismo.
JPP, certamente prefere o jornalismo fascista, de sistema. Prefere ler coisas como "terrorismo urbano" "soltem a polícia", etc.
E isso não me espanta nada. O contrário seria de deitar foguetes. Por isso Cavaco é tão desejadamente levado ao colo. Um Homem que soltou polícias ao povo, um homem que não debate, um homem que prefere, tal como Pacheco certamente, a repressão, o apagamento, a censura.
J Pacheco Pereira diz que paga impostos e, portanto, preferia ter visto outro tipo de jornalismo na televisão do estado. Pois eu concordo plenamente com o que é dito ali em cima. É uma resposta sim senhor. Trata-se de marginalização sim senhor, de discriminação, de racismo.
JPP, certamente prefere o jornalismo fascista, de sistema. Prefere ler coisas como "terrorismo urbano" "soltem a polícia", etc.
E isso não me espanta nada. O contrário seria de deitar foguetes. Por isso Cavaco é tão desejadamente levado ao colo. Um Homem que soltou polícias ao povo, um homem que não debate, um homem que prefere, tal como Pacheco certamente, a repressão, o apagamento, a censura.
sábado, 5 de novembro de 2005
you make my day
Já vi que o post anterior deu cabra. A malta não está preparada para a nudez das coisas. Helena Matos, no Público, sossegou-me quando fui tomar café. Tróia caiu não só por não terem dado ouvidos a Cassandra mas também porque deram ouvidos a um tal tagarela, bem falante ( agora fugiu-me o nome da personagem - o jornal leio-o de borla no café). No fundo um Mario Soares qualquer.
Pois e as massas que saltam de África para a Europa, diariamente. O Castelo Branco causou muito mais desconforto a milhões de portugueses por ter sido expulso da tropa. Aquilo é que deprime a malta.
Agora Paris, é mata-los, aos pretos e aos árabes, esses muçulmanos filhos da puta. Morte aos mouros sarracenos. Os que caminham mais de ano atravessando África, rumo a esta Europa do sonho que nem ousem entrar. Morram os gajos. Vamos lá construir muralhas, como a da China. Uma muralha enorme a contornar esta Europa velha e caduca, impotente, desalmada. Esta Europa das autoridades morais. Dos pedófilos de Mercedes Benz. Esta Europa das multinacionais. Viva a bela Europa. Para o inferno com os infiéis.
Pois e as massas que saltam de África para a Europa, diariamente. O Castelo Branco causou muito mais desconforto a milhões de portugueses por ter sido expulso da tropa. Aquilo é que deprime a malta.
Agora Paris, é mata-los, aos pretos e aos árabes, esses muçulmanos filhos da puta. Morte aos mouros sarracenos. Os que caminham mais de ano atravessando África, rumo a esta Europa do sonho que nem ousem entrar. Morram os gajos. Vamos lá construir muralhas, como a da China. Uma muralha enorme a contornar esta Europa velha e caduca, impotente, desalmada. Esta Europa das autoridades morais. Dos pedófilos de Mercedes Benz. Esta Europa das multinacionais. Viva a bela Europa. Para o inferno com os infiéis.
destruição, destruição, destruição
As notícias de França que correm mundo servem para tudo. Joana Amaral Dias serviu-se disso para nos dizer, com aquele ar de bárbie-anti-globalização, que só o Dr. Mário Soares tem condições de evitar que aqui se viva um fenómeno idêntico ao de Paris. Amanhã, nas eucaristias dominicais a homilia versará o tema, estou quase certo. Juventude, terrorismo urbano, africanos, magrebinos, pobres, essencialmente. E é aqui que está o problema. Os ricos querem continuar a enriquecer e a explorar os pobres, sem piedade, e esperam que estes se sujeitem à sua condição de casta inferior do mundo capitalista. Que se encolham perante o enxovalho, que se resignem perante a discriminação, que morram electrocutados porque são miseráveis. Os ricos fazem a guerra para enriquecerem, nada mais simples e cru. Os pobres destroem os símbolos dos ricos para se defenderem, nada mais justo. Pois o império capitalista vai em direcção a isto: à revolução, à revolta. Não esperemos outra coisa, cobardes que somos, cínicos, amantes das nossas coisinhas. O mundo capitalista caminha para o caos.
sexta-feira, 4 de novembro de 2005
os adolescentes e os seus ídolos
"Schoolgirl blogger poisons mother in homage to killer" (times online)
uma apresentação
Um tipo como eu tem de ganhar dinheiro. Aliás como toda a gente, exceptuando o D. Duarte Duque de Bragança e respectiva linhagem. Por isso é com interesse cuidado que vos informo desta minha nova actividade como consultor: a partir da próxima semana estarei em condições de fornecer a melhor solução de coberturas para piscinas. Só para quem tem Piscina.
mais info: mail ali ao lado
mais info: mail ali ao lado
quinta-feira, 3 de novembro de 2005
quarta-feira, 2 de novembro de 2005
próxima estação: Paris
El regreso fue terrible para el Villarreal. Durante quince minutos, el acoso del Benfica fue tal, que guardar la puerta a cero fue poco menos que una heroicidad de la zaga de Pellegrini(marca.es)
Há novelas cujo final não é feliz. Hoje apenas lêmos um capítulo de uma aventura com um final ainda longe. Mas um livro deste calibre merece episódios em que os protagonistas sofrem. Foi o caso.
Há novelas cujo final não é feliz. Hoje apenas lêmos um capítulo de uma aventura com um final ainda longe. Mas um livro deste calibre merece episódios em que os protagonistas sofrem. Foi o caso.
xl
Parece-me que a partir do próximo sábado vou criar ali na direita uma coluna com o título: Blogs do XL
blogs de gaja
Assim, num blogue de gaja é bem provável que por volta das dez da manhã surja um post a dizer unicamente "bom dia" sobre a imagem de uma flor ou de um arco-íris. Ou, então, algo mais profundo, como "Hoje acordei triste. Fico assim com a maldade e a hipocrisia das pessoas e blá, blá, blá...".
(fado falado)
Para mim um blog de gajas é o Murcon.
(fado falado)
Para mim um blog de gajas é o Murcon.
terça-feira, 1 de novembro de 2005
Há dois blogs de coisas: um é de sanitas e o outro é de bibliotecas. O das latrinas acusa-nos o lado “voyeur” que há em nós. As escovinhas-limpa-merda a combinar quase sempre com a tijoleira, as tampinhas decoradas a fazer lembrar os naperons nos toucadores, as tábuas de engomar, o papel higiénico. Uma casa de banho portuguesa, com certeza, ora desleixada, ora muito arrumadinha.
Para que serve mostrar sanitas? Para que serve vê-las? Mas aquilo é um sucesso porque, como disse, há muita vontade de espreitar a casa do vizinho.
Já o outro é mais elevado. Bibliotecas e mais bibliotecas, livros expostos como se fossem sanitas. Bibliotecas famosas ao alcance de poucos, como as sanitas. Nós gostamos muito de ver aquelas bibliotecas porque elas representam a casa de banho que qualquer português gostaria de ter. E no lugar do papel higiénico havia de haver resmas de livros. De preferência estrangeiros, complicados porque o cagar às vezes é lento. Para as mijinhas bastava um livrinho da Condessa de Segur e no caso de uma rapidinha nada melhor do que um livro do karzam, banda desenhada modernista, ou então do saudosíssimo “Pedrinho”.
Ainda não vi retrete camiliana, como a que está na casa de Ceide. Ah, se fossem a Ceide ver como cagava Camilo que, ao que consta, está presente em muitas bibliotecas.
Para que serve mostrar sanitas? Para que serve vê-las? Mas aquilo é um sucesso porque, como disse, há muita vontade de espreitar a casa do vizinho.
Já o outro é mais elevado. Bibliotecas e mais bibliotecas, livros expostos como se fossem sanitas. Bibliotecas famosas ao alcance de poucos, como as sanitas. Nós gostamos muito de ver aquelas bibliotecas porque elas representam a casa de banho que qualquer português gostaria de ter. E no lugar do papel higiénico havia de haver resmas de livros. De preferência estrangeiros, complicados porque o cagar às vezes é lento. Para as mijinhas bastava um livrinho da Condessa de Segur e no caso de uma rapidinha nada melhor do que um livro do karzam, banda desenhada modernista, ou então do saudosíssimo “Pedrinho”.
Ainda não vi retrete camiliana, como a que está na casa de Ceide. Ah, se fossem a Ceide ver como cagava Camilo que, ao que consta, está presente em muitas bibliotecas.
segunda-feira, 31 de outubro de 2005
para elas
Há uma imensidão de mulheres a escrever blogs. São tantas, mais de catorze, certamente. Repisam os mesmos temas de sempre, a sacarina, a verga e depiladoras aloe vera, os namorados impotentes, infiéis, meigos e misóginos. Elas têm talento para falar dessas coisas que nos excitam. O sexo pecaminosamente sem pecado, a alma de Vénus, formatado, sem tabus e áspero no sentido mais obsceno, surge como o rei dos assuntos. Por cima, por baixo, anal ou circunstancial, casual ou sistémico, rotineiro, a dois ou mais, tanto faz. O sexo ilude-lhes a imaginação. Arde-lhes nos olhos sem que colírio algum lhes valha. E nós, os machos, os paneleiros e os homofóbicos, os “metro” e os grunhos, lemos aquilo tudo como se fosse uma revelação.
Teimamos em amar essas divas da blogo. Possui-las, por ventura. Ardentemente.
E esquecemos as paredes que nos barram o caminho, porquanto nos soltamos também naqueles sonhos. Realizamos desejos impossíveis e, de vez em quando, deixamos escapar uma erecção. Há pois que homenagear essas mulheres de Espírito solto, ardilosas e provocadoras. Mentirosas muitas vezes, mas doces como o sabor do prazer.
Teimamos em amar essas divas da blogo. Possui-las, por ventura. Ardentemente.
E esquecemos as paredes que nos barram o caminho, porquanto nos soltamos também naqueles sonhos. Realizamos desejos impossíveis e, de vez em quando, deixamos escapar uma erecção. Há pois que homenagear essas mulheres de Espírito solto, ardilosas e provocadoras. Mentirosas muitas vezes, mas doces como o sabor do prazer.
domingo, 30 de outubro de 2005
elucubrações de um pai à beira dos quarenta
Ontem fui tomar café no bar do restaurante McDonalds do Gaiashoping. Porque é Buondi, custa apenas quarenta e cinco cêntimos (num shoping, vejam bem!), vale sempre a pena perder alguns minutos na mesma fila donde os putos pedem os “Sundaes” e as cotas as meias de leite. À minha frente duas matronas. Bem vestidas, classe média bem paga. Bem podiam ser professoras de carreira, daquelas que têm marido bem posto na vida. Ou podiam ser divorciadas ou viúvas.
De mãos nos bolsos, de puto reguila, eu esforçava-me para lhes tirar uma ou outra palavra que elas iam soltando à medida que esperavam como eu:
- Quantos anos faz afinal? Quarenta e nove ou cinquenta?
- Cinquenta, respondia a outra com um sorriso muito largo a desmascarar as rugas escondidas por detrás da maquilhagem. Mas sou muito feliz com os meus cinquenta anos.
Por momentos fiquei paralisado com o que ouvia e via. Dez anos separavam-me daquele momento. Suei “mentols” de arrepios. Eu estou a entrar nos “quarenta”, e a distância dos trinta foi uma coisa tão rápida mas indolor, mais barriga menos barriga, mais um quilo ou dois, mas sempre a carburar. Os próximos dez anos representam aquele estado artificial? Aquele sorriso plástico e todo um conjunto de manhas e manias para parecer aquilo que já não serei nunca? Dez anos em declínio narcísico, a olhar para os espelhos das montras e a ver-me velho todos os dias? Um susto. Uma agonia.
Já noite dentro, apanhei-me em casa e dei com a minha filha a gravar um concerto do Robbie Williams que passava na televisão. Fiz um “zapping”, porque pai que é pai tem de ter sempre o comando na mão, e dei de caras com o filme “The Doors” que passava no AXN. “Vais levar com isto”, dizia eu para dentro à minha filha. À medida que Jim Morrisson brotava do excelente Val Kilmer e eu via a minha filha de olhos arrebitados a olhar para aquelas cenas, as pilas, o álcool, o LSD, eu extasiava. Eu ali, de 40 anos, a partilhar com a minha filha adolescente e pré-universitária uma coisa de que tanto gosto. E ela a ver, fingindo-se interessada.
Ainda o filme não tinha atingido os anos setenta de Morrisson e ela atira-me:
- Vou para a cama. Olha pela gravação por favor.
Fiquei velho outra vez. Raios partam os Doors e os anos longínquos. Melhor seria ter gramado o concerto do Robbie, as orquestras afinadas, os violinos, os beijinhos ao público.
Fui para a varanda e fiz um cigarro. Afinal, naquele instante o tempo tinha mesmo recuado uma hora.
De mãos nos bolsos, de puto reguila, eu esforçava-me para lhes tirar uma ou outra palavra que elas iam soltando à medida que esperavam como eu:
- Quantos anos faz afinal? Quarenta e nove ou cinquenta?
- Cinquenta, respondia a outra com um sorriso muito largo a desmascarar as rugas escondidas por detrás da maquilhagem. Mas sou muito feliz com os meus cinquenta anos.
Por momentos fiquei paralisado com o que ouvia e via. Dez anos separavam-me daquele momento. Suei “mentols” de arrepios. Eu estou a entrar nos “quarenta”, e a distância dos trinta foi uma coisa tão rápida mas indolor, mais barriga menos barriga, mais um quilo ou dois, mas sempre a carburar. Os próximos dez anos representam aquele estado artificial? Aquele sorriso plástico e todo um conjunto de manhas e manias para parecer aquilo que já não serei nunca? Dez anos em declínio narcísico, a olhar para os espelhos das montras e a ver-me velho todos os dias? Um susto. Uma agonia.
Já noite dentro, apanhei-me em casa e dei com a minha filha a gravar um concerto do Robbie Williams que passava na televisão. Fiz um “zapping”, porque pai que é pai tem de ter sempre o comando na mão, e dei de caras com o filme “The Doors” que passava no AXN. “Vais levar com isto”, dizia eu para dentro à minha filha. À medida que Jim Morrisson brotava do excelente Val Kilmer e eu via a minha filha de olhos arrebitados a olhar para aquelas cenas, as pilas, o álcool, o LSD, eu extasiava. Eu ali, de 40 anos, a partilhar com a minha filha adolescente e pré-universitária uma coisa de que tanto gosto. E ela a ver, fingindo-se interessada.
Ainda o filme não tinha atingido os anos setenta de Morrisson e ela atira-me:
- Vou para a cama. Olha pela gravação por favor.
Fiquei velho outra vez. Raios partam os Doors e os anos longínquos. Melhor seria ter gramado o concerto do Robbie, as orquestras afinadas, os violinos, os beijinhos ao público.
Fui para a varanda e fiz um cigarro. Afinal, naquele instante o tempo tinha mesmo recuado uma hora.
sábado, 29 de outubro de 2005
uma discussão
José Pimentel Teixeira volta à carga com o tema "lusofonia" que muito me agrada. Um tipo como eu, que não é erudito creiam-me, gosta de aprender umas coisas e vai daí entra nestas discussões. Para tal convido o jpt, e mais quem quiser, a ler este post no mínimo esquisito, (digo eu) que tem muito a ver com o referido tema. Aliás vai para além dos seus limites, atravessando a fronteira em direcção à vizinha Espanha.
Muito me agradaria um comentário, aberto a todos, às questões que ali se ”alevantam” e porque também curiosamente (e só para fechar) aquele post do Esperando um tal Godot faz referência à já mui célebre polémica lançada na revista Carta Capital de que eu tomei conhecimento via o blog A Origem das Espécies.
P.S. Por acaso reparei em não poucas assinaturas de Galegos na celebérrima petição de 27.000 assinaturas. Por acaso os galegos estavam lá.Portugalidades.
Muito me agradaria um comentário, aberto a todos, às questões que ali se ”alevantam” e porque também curiosamente (e só para fechar) aquele post do Esperando um tal Godot faz referência à já mui célebre polémica lançada na revista Carta Capital de que eu tomei conhecimento via o blog A Origem das Espécies.
P.S. Por acaso reparei em não poucas assinaturas de Galegos na celebérrima petição de 27.000 assinaturas. Por acaso os galegos estavam lá.Portugalidades.
sexta-feira, 28 de outubro de 2005
uma citação
quinta-feira, 27 de outubro de 2005
não, isto não é um post de parabéns
Aproveitando o texto de assinalação dos dois anos de existência do blog Rua da Judiaria, cujo autor eu saúdo pela excelência dos seus textos e pelo contributo que me tem prestado, a mim que sou um subproduto de uma educação cancerosamente católica, tendo-me, por conseguinte, ajudado a conhecer um pouco melhor o mundo judeu, ou parte dele, gostaria de vos chamar a vossa especial atenção para o facto de nesse texto aparecer a palavra “blog” e não “blogue”.
Como sabem, a palavra “blog” surge a partir de “web log” onde se procedeu à simplificação para “blog” (b+log). Que eu saiba, existe lá para sul de Portugal uma corruptela fonética de palavras terminadas nas vogais “a” e “o”. É frequente ouvir-se “Figue” em vez de Figo, “Benfique” em vez de Benfica e “até logue” em vez de até logo, por exemplo. Ora só aqui, nestes caso muito concreto é que surge a palavra “logue” (embora na sua expressão fonética). Portanto quem acha que um “blog” é um “blogue” só pode estar a fazer confusão fonética desta natureza.
Convém que se respeite a origem dos termos introduzidos na nossa linguagem. os brasileiros, tantas vezes criticados, fizeram já um levantamento exaustivo de todo o espólio de novos termos que surgiram com as IT’s. À revelia do acordo ortográfico vigente, bem sei, mas decididamente enquadrado num padrão normativo para a comunicação e expressão oral e escrita, dando sequência à evolução natural da nossa língua.
Das duas uma: adoptemos a normalização deles ou então normalizemos nós também.
Bem sei que isto é uma idiotice, falar destas coisas em maré de discursos cavacais. Perdoem-me pois o desabrido desabafo.
Como sabem, a palavra “blog” surge a partir de “web log” onde se procedeu à simplificação para “blog” (b+log). Que eu saiba, existe lá para sul de Portugal uma corruptela fonética de palavras terminadas nas vogais “a” e “o”. É frequente ouvir-se “Figue” em vez de Figo, “Benfique” em vez de Benfica e “até logue” em vez de até logo, por exemplo. Ora só aqui, nestes caso muito concreto é que surge a palavra “logue” (embora na sua expressão fonética). Portanto quem acha que um “blog” é um “blogue” só pode estar a fazer confusão fonética desta natureza.
Convém que se respeite a origem dos termos introduzidos na nossa linguagem. os brasileiros, tantas vezes criticados, fizeram já um levantamento exaustivo de todo o espólio de novos termos que surgiram com as IT’s. À revelia do acordo ortográfico vigente, bem sei, mas decididamente enquadrado num padrão normativo para a comunicação e expressão oral e escrita, dando sequência à evolução natural da nossa língua.
Das duas uma: adoptemos a normalização deles ou então normalizemos nós também.
Bem sei que isto é uma idiotice, falar destas coisas em maré de discursos cavacais. Perdoem-me pois o desabrido desabafo.
de manifestos para corta-fitas está o mundo cheio
Não faltam por aí comentadores e outros teóricos afinados a proclamar as mais diversas e excelentíssimas reformas para a nação solenemente prometidas por Cavaco e Soares , os moribundos. A verdade é que "ambos estes dois senhores" (a ver se percebem) são candidatos a Presidente da República. Por favor não nos enganem (grito eu): o PR não governa, não faz leis, não é Rei de coroa e tudo. Portanto, valha-nos deus nosso senhor Jesus Cristo, falemos claro, sem demagogias. Para tanto basta um pouco mais de seriedade.
os blogs e a imprensa ou quanto menos se falar deles melhor
quarta-feira, 26 de outubro de 2005
vamos mas é ao Cabana
O Leixões é um clube especial. Devo dizer que era eu menino de 6 anos e um tio meu levou-me ao Estádio do Mar, numa tarde ensolarada de domingo, ver o Leixões-Setúbal. Adorei aquela experiência, não tanto pelo futebol mas porque passei o jogo a lamber uns gelados muito grandes com sabor a laranja e o meu tio tinha-me dado um daqueles chapéus de papelão, branco, que me fazia parecer um chinês entre milhares. Foi o Leixões, portanto, o meu primeiro grande clube ao vivo, de vermelho, cuja grande parte das suas gentes recusa cair de amores pêlo F.C.Porto. Por conseguinte (esta aprendi com o Padre Marçal), foi com enorme interesse que me sentei no meu velho sofá a ver o grande Leixões contra o meu eterno Benfica.
O jogo foi bom, de resto, mas confesso que já não me lembra o dia em que vira pela última vez um jogo do Benfica narrado e comentado pelos senhores jornalistas da RTP Norte. Oiço-os de quando em vez a debitarem ânsias quixotescas em jogos da Liga dos Campeões que têm como cenário o Vale de Campanhã e cujos protagonistas vestem de azul. Mas esses delírios encaixo eu bem porque raramente vejo. Agora hoje, senhores, aturei-os durante uma hora e meia. E por causa de Ronald Koeman, estava a ver que ainda tinha que levar com eles mais meia hora. Semelhantes facciosos, sempre a comparar quem gritava mais alto (“parece que a claque do leixões está imparável") esquecendo o penalty roubado ao Benfica mal o jogo tinha começado, ignorando a queima de tempo provocada pelas constantes quedas dos jogadores da casa na tentativa da conquista histórica de um prolongamento e vendo faltas onde elas não existiam.
Não sei, aqueles tipos parecem saídos do "Blasfémia" ( sem link) ou então o "Blasfémia" é que foi parido lá numa tertúlia qualquer entre a Taberna do Infante e o Pérola Negra, quem sabe.
De maneiras que estou assim para o contente porque o Benfica ganhou e o Leixões merecia mais. Mas merecia mais porque é uma equipa de atitude e não porque era contra o Benfica. Está a ouvir Sr. Fidalgo? É por estas e por outras que quando me convidam para ir jantar ao Fidalgo, em Espinho, eu digo sempre: vamos mas é ao Cabana. Vice?
O jogo foi bom, de resto, mas confesso que já não me lembra o dia em que vira pela última vez um jogo do Benfica narrado e comentado pelos senhores jornalistas da RTP Norte. Oiço-os de quando em vez a debitarem ânsias quixotescas em jogos da Liga dos Campeões que têm como cenário o Vale de Campanhã e cujos protagonistas vestem de azul. Mas esses delírios encaixo eu bem porque raramente vejo. Agora hoje, senhores, aturei-os durante uma hora e meia. E por causa de Ronald Koeman, estava a ver que ainda tinha que levar com eles mais meia hora. Semelhantes facciosos, sempre a comparar quem gritava mais alto (“parece que a claque do leixões está imparável") esquecendo o penalty roubado ao Benfica mal o jogo tinha começado, ignorando a queima de tempo provocada pelas constantes quedas dos jogadores da casa na tentativa da conquista histórica de um prolongamento e vendo faltas onde elas não existiam.
Não sei, aqueles tipos parecem saídos do "Blasfémia" ( sem link) ou então o "Blasfémia" é que foi parido lá numa tertúlia qualquer entre a Taberna do Infante e o Pérola Negra, quem sabe.
De maneiras que estou assim para o contente porque o Benfica ganhou e o Leixões merecia mais. Mas merecia mais porque é uma equipa de atitude e não porque era contra o Benfica. Está a ouvir Sr. Fidalgo? É por estas e por outras que quando me convidam para ir jantar ao Fidalgo, em Espinho, eu digo sempre: vamos mas é ao Cabana. Vice?
uma curiosidade
Ou muito me engano ou o Sociedade Anónima é o Chelsea dos blogs e a Catarina é o Mourinho. Falta conhecer o Abramovich.
um emprego
Ao consultar a minha caixa de correio voltei a apagar, como sempre, o dito correio não desejado (SPAM). Porém, o título de um e-mail chamou-me a atenção: "Candidatura espontânea". Fui ver e era uma recém licenciada de Tomar a mandar ao vento o seu curriculum. A ver se pega, se alguém lhe pega.
"Manuel Alegre não é o Zenha de 86. É a Pintassilgo de 86."
Caro jpf, muito do que escreves no teu magnífico post está certo. Eu votei Pintassilgo em 1986. Era um puto de vinte anos e fiquei enamorado pelo discurso daquela mulher. Depois vieram os enganos, os votos "às escuras" e as desilusões. Portanto, só queria dizer que é por Manuel Alegre ser mais Pintassilgo do que Zenha que lhe dou o meu voto. Para além de tudo, este ano (e tu podes ver bem as razões no teu post) o quadro é diferente porque Soares aparece com as botas calçadas ao contrário: uma virada para Cavaco, outra a apontar para as bases do PS.
Caro jpf, muito do que escreves no teu magnífico post está certo. Eu votei Pintassilgo em 1986. Era um puto de vinte anos e fiquei enamorado pelo discurso daquela mulher. Depois vieram os enganos, os votos "às escuras" e as desilusões. Portanto, só queria dizer que é por Manuel Alegre ser mais Pintassilgo do que Zenha que lhe dou o meu voto. Para além de tudo, este ano (e tu podes ver bem as razões no teu post) o quadro é diferente porque Soares aparece com as botas calçadas ao contrário: uma virada para Cavaco, outra a apontar para as bases do PS.
um blog
"Mito:
se eu andar na auto-estrada pela direita com a faixa da esquerda livre posso apanhar SIDA ou uma qualquer Hepatite.
Resolução do Mito:
se o meu caro pónhónhó andar a frequentar as putas da circunvalação ou se andar a chutar para a veia com seringas de outro pessoal sem as lavar tem muito maior risco de apanhar estas doenças que aqui refere." (brolgue brolguista)
se eu andar na auto-estrada pela direita com a faixa da esquerda livre posso apanhar SIDA ou uma qualquer Hepatite.
Resolução do Mito:
se o meu caro pónhónhó andar a frequentar as putas da circunvalação ou se andar a chutar para a veia com seringas de outro pessoal sem as lavar tem muito maior risco de apanhar estas doenças que aqui refere." (brolgue brolguista)
uma proposta
O "meu mercedes" oferece-nos "Olga" ao vivo e a cores. É já na próxima sexta-feira às 23.30. E, já agora, se abrir a página do "mercedes" delicie-se um pouco com a música que passa. É para o seu bem!
terça-feira, 25 de outubro de 2005
uma boa notícia
Paulo Bateira apresenta:
POR FAVOR, UM BLUES
de SILVIA CHUEIRE
LIVRARIA LELLO [RUA DAS CARMELITAS, 144 - PORTO]
4 DE NOVEMBRO DE 2005 > 18 HORAS
segunda-feira, 24 de outubro de 2005
"amor causa" ou uma marca portuguesa por amor
militantes do PS estão a receber cartas do partido para subscreverem a candidatura de Mário Soares.
Utilizar os meios logísticos do Partido, fazendo chegar a casa dos militantes um apelo, com logótipo e tudo, à subscrição da candidatura de Mário Soares não é nada de novo nem sequer é um acto ilegítimo do ponto de vista dos regulamentos do partido. Para os milhares de militantes, das “bases”, que sempre viram Manuel Alegre como “um irmão da mesma casa”, a dita carta é que não está a ser muito bem recebida. Tenho uma tia militante que mal a leu disse a Sócrates, baixinho: Ora Toma!!
domingo, 23 de outubro de 2005
sábado, 22 de outubro de 2005
sexta-feira, 21 de outubro de 2005
blogómetro
Tenho a leve impressão de que quanto menor for o número de comentários mais qualidade tem um blog.
a "Questão dos Carvalhos"
Na foto do post anterior vê-se, por detrás dos cartazes, o “meu prédio”. Eu moro no “Edifício Fernando Couto”, um enorme edifício situado entre o Colégio dos Carvalhos e o Seminário dos Claretianos, uma congregação cristã que tem influenciado a região e é responsável pela fundação do Colégio dos Carvalhos, escola muito conhecida e conceituada e que ajudou a formar muito boa gente como foi o caso, por exemplo, do já falecido professor Vieira de Carvalho.
Ora Carvalhos, que não é mais do que um lugar da freguesia de Pedroso, cresceu de forma estonteante, a partir do inicio do Século XX . Porque tinha o seminário, porque o traçado da principal via rodoviária o favoreceu, mas também porque aqui viveu um conjunto de pessoas empreendedoras que desde sempre procuraram dotar o seu lugar com os mais variados tipos de equipamento. A feira, os bombeiros, a "união de transportes", as farmácias, o Colégio, a polícia, e finalmente os bancos, todas essas infra-estruturas vieram cá parar. Há até um núcleo regional da Segurança Social a funcionar, bem como uma associação de socorros mútuos. Todos os equipamentos que referi adoptaram sempre o nome “dos Carvalhos”, com excepção da associação de socorros mútuos.
Por isso Carvalhos foi “tendo nome” e até bem pouco tempo a portagem da auto-estrada Porto-Lisboa contribuiu mais ainda para lhe reforçar a fama.
Todavia, há cerca de 10 anos surgiu um debate local, sensível e fracturante. Carvalhos é elevado a Vila, facto polémico que tem apenas a ver com a política insustentavelmente medíocre de quem, na administração pública, dá seguimento a estas coisas. Ora Pedroso, a freguesia, fica complexada e, apesar de Vila também, inicia um processo de reacção que tem como expoente máximo o actual presidente da junta. Um Pintor da Construção Civil que agora é Administrador, então ligado ao Partido Socialista, ganha as eleições e atira-se de corpo e alma contra os Carvalhos. Pretende novas centralidades e consegue levar a junta de freguesia para uma zona próxima do lindíssimo Mosteiro de Pedroso e, apoiando-se numa desastrosa dinâmica de urbanização da periferia, aglutina adeptos que se revêem naquela "revolta" de alecrim e manjerona.
Os anos passam e o Tavares segue como Presidente da Junta. Habilidoso, este ex-pintor de construção civil e, aliado a Filipe Menezes, sai do PS e cria um MIP (Movimento Independente de Pedroso). O PSD sai de cena na freguesia e ele consegue a reeleição. Há 15 dias voltou a ser eleito, outra vez sem o PSD e sempre com o apoio de Menezes, que faz dele um “pião das nicas” ao serviço dos seus interesses e ambições políticas.
Escrevo isto agora, depois das eleições, porque entendo que deve haver um registo qualquer para que, caso alguém se interesse, se inicie um debate sobre a “Questão dos Carvalhos”. Devo dizer, aliás, que como independente, eu não vejo muitas hipóteses de se estancar este atentado que o Tavares vem fazendo a este belo lugar dos Carvalhos. Isto porque, por um lado faz espécie a muita gente que determinados lugares evoluam e, por isso, há muita gente que reage, ”Velhos do Restelo” ou não, e por outro, existe uma estufa de gente nova, dos Carvalhos, que prefere a ribalta e o clientelismo, colando-se ao ciclo do poder.
Que fazer então? Como simples morador, criado também nestas paragens, é minha intenção procurar uma plataforma séria e independente de debate na defesa deste lugar que é Vila mas já podia e devia ser Cidade. Infelizmente sinto que estou só porque “em minha casa” há muita gente a olhar para a “casa do vizinho” .
Ora Carvalhos, que não é mais do que um lugar da freguesia de Pedroso, cresceu de forma estonteante, a partir do inicio do Século XX . Porque tinha o seminário, porque o traçado da principal via rodoviária o favoreceu, mas também porque aqui viveu um conjunto de pessoas empreendedoras que desde sempre procuraram dotar o seu lugar com os mais variados tipos de equipamento. A feira, os bombeiros, a "união de transportes", as farmácias, o Colégio, a polícia, e finalmente os bancos, todas essas infra-estruturas vieram cá parar. Há até um núcleo regional da Segurança Social a funcionar, bem como uma associação de socorros mútuos. Todos os equipamentos que referi adoptaram sempre o nome “dos Carvalhos”, com excepção da associação de socorros mútuos.
Por isso Carvalhos foi “tendo nome” e até bem pouco tempo a portagem da auto-estrada Porto-Lisboa contribuiu mais ainda para lhe reforçar a fama.
Todavia, há cerca de 10 anos surgiu um debate local, sensível e fracturante. Carvalhos é elevado a Vila, facto polémico que tem apenas a ver com a política insustentavelmente medíocre de quem, na administração pública, dá seguimento a estas coisas. Ora Pedroso, a freguesia, fica complexada e, apesar de Vila também, inicia um processo de reacção que tem como expoente máximo o actual presidente da junta. Um Pintor da Construção Civil que agora é Administrador, então ligado ao Partido Socialista, ganha as eleições e atira-se de corpo e alma contra os Carvalhos. Pretende novas centralidades e consegue levar a junta de freguesia para uma zona próxima do lindíssimo Mosteiro de Pedroso e, apoiando-se numa desastrosa dinâmica de urbanização da periferia, aglutina adeptos que se revêem naquela "revolta" de alecrim e manjerona.
Os anos passam e o Tavares segue como Presidente da Junta. Habilidoso, este ex-pintor de construção civil e, aliado a Filipe Menezes, sai do PS e cria um MIP (Movimento Independente de Pedroso). O PSD sai de cena na freguesia e ele consegue a reeleição. Há 15 dias voltou a ser eleito, outra vez sem o PSD e sempre com o apoio de Menezes, que faz dele um “pião das nicas” ao serviço dos seus interesses e ambições políticas.
Escrevo isto agora, depois das eleições, porque entendo que deve haver um registo qualquer para que, caso alguém se interesse, se inicie um debate sobre a “Questão dos Carvalhos”. Devo dizer, aliás, que como independente, eu não vejo muitas hipóteses de se estancar este atentado que o Tavares vem fazendo a este belo lugar dos Carvalhos. Isto porque, por um lado faz espécie a muita gente que determinados lugares evoluam e, por isso, há muita gente que reage, ”Velhos do Restelo” ou não, e por outro, existe uma estufa de gente nova, dos Carvalhos, que prefere a ribalta e o clientelismo, colando-se ao ciclo do poder.
Que fazer então? Como simples morador, criado também nestas paragens, é minha intenção procurar uma plataforma séria e independente de debate na defesa deste lugar que é Vila mas já podia e devia ser Cidade. Infelizmente sinto que estou só porque “em minha casa” há muita gente a olhar para a “casa do vizinho” .
libertem-nos destes monstros
Caminhamos para o segundo fim-de-semana pós eleições autárquicas e ainda ninguém mandou retirar os cartazes de propaganda eleitoral. A foto anexa é um exemplo desses monstros urbanos que infestam o país de lés a lés.
Na minha aldeia está tudo na mesma, vencedores e derrotados em comunhão de espaço, o “nosso” espaço.
Na minha aldeia está tudo na mesma, vencedores e derrotados em comunhão de espaço, o “nosso” espaço.
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